terça-feira, outubro 31, 2006
segunda-feira, outubro 30, 2006
Não é possível "a este pobre diacho" vestir outra "griffe"
"CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR. Breve apresentação da proposta de Orçamento de Estado para 2007. 25 de Outubro de 2006.
Prioritariamente???
2ª- "Serão estabelecidas em 2007 novas parcerias internacionais, designadamente com entidades europeias, e lançar-se-á um programa novo de estímulo à participação de Institutos Politécnicos em redes internacionais de instituições congéneres de referência." - página 4.
quarta-feira, outubro 25, 2006
as manhãs difíceis das noites ao luar
Ora meus Senhores,... mas, desta tutela, é que nunca coincidiu nada com nada - nenhum "lé" bate certo com nenhum "cré", isso eu garanto!
domingo, outubro 22, 2006
Processo de Bolonha legítimo: competências, resultados de aprendizagem e propinas de...
Ninguém se deixe seduzir pelo fenótipo extremamente amigável, alegre, brincalhão e carinhoso da Mattilda - porque todos quantos conhecem melhor o seu "dark side", juram que os espelhos normais não devolvem o reflexo do bicho e que, ao invés dos convencionais 4 dedos, as patas traseiras desta minha cadela têm cascos!!??!!...
Se não me acreditam, perguntem ao carteiro da aldeia, e ao cirurgião plástico que lhe fez uma cirurgia reconstrutiva na barriga de uma das pernas, após a Mattilda o ter incluído (ao carteiro) na sua interminável lista de indesejáveis - que vai desde toupeiras, gatos ou cegonhas e passa também por sistemas de rega enterrados, ratos de computador, carteiras com dinheiro, cartões de crédito, documentos "não-simplex" e peixes (leram bem!), que possam existir, entre o subsolo e a troposfera superior e, por azar, se cruzem com as suas coordenadas geográficas - sim porque, para a Mattilda, são raríssimas as coisas e ou pessoas, efectivamente, bem-vindas, cá a casa.
Do meu lado - já um tanto deprimida, financeiramente arruinada e cansada de tribunais, GNR, hospitais, indemnizações e seguradoras de cães perigosos, e "fortemente encorajada" pela Junta de Freguesia e por toda a minha vizinhança - decidi matricular a Matilda na escola topo de gama do "ranking" (*) de ensino cinotécnico do Vale do Mondego - mal comparado, uma espécie de MIT canino, com o sugestivo nome Baskerville Hound - sob as seguintes cláusulas contratuais:
- Propinas: 40 aulasX25€/aula;
- Frequência: 2 aulas por semana;
- Garantia mínima:10 Resultados de Aprendizagem;
- Aceitação absoluta de que os colegas da Mattilda são Rotweillers, Dobermans Pinschers, Leões da Rodésia, Cães Polícia, Pit-Bulls e Poodles Toy, todos de temperamento irascível.
- O pagamento das aulas ao "dean" de Baskerville é feito, exclusivamente, em troca da prova irrefutável de aquisição dos sucessivos resultados de aprendizagem e do correspondente perfil de competências (melhor, da ausência total das actuais competências inconvenientes da cadela)!
Ao todo, 10 aulas já lá vão... e, por enquanto, está sendo tudo inteiramente gratuito porque a minha Mattilda continua totalmente fora dos padrões comportamentais da "Lassie"!
Diz-me H, o "dean" de Baskerville, com as suas inquebrantáveis boa disposição e fleumática diplomacia, dignas de um Ministro de Negócios Estrangeiros, com direito a Nobel: sabe de uma coisa, "a sua cachorrinha" (aposto o que vocês quiserem, que ele deve estar a pensar noutros epítetos...) precisa de trabalhar muito, fora das aulas de contacto e do treino possível, aqui no centro cinotécnico...
Ai! Ai! Se esta moda, efectivamente, "Bolonhesa" pega e estes procedimentos organizacionais se generalizam...
Já agora, e a despropósito, na minha aldeia, ninguém sabe quem é a Mattilda, mas experimentem indagar, a quem quer que encontrem na rua, "aonde é que vive O Bin Laden?"... e, ... sejam BEM-CHEGADOS, a minha casa!
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(*) Eu é que, definitivamente, ando a aprender umas coisas muito interessantes e valiosas sobre a atenção que se deve dar à escolha da qualidade, excelência e categoria de todos os estabelecimentos de ensino, com o nosso MCTES - honra lhe seja feita.
quarta-feira, outubro 18, 2006
*INOVAÇÃO na ARITMÉTICA*: 5=5, mas pode ser que 5≠(3+2) porque (3+2) =3
Na verdade, a matemática e até a aritmética são sujeitas actualmente a avanços "tecnológicos notáveis" dificílimos de acompanhar.
Os meus poucos e valorosíssimos leitores exigem-me, naturalmente, uma justicação para esta minha afirmação tão peremtória e também para o título deste "post"?
Por razões que não vêm ao caso - e que não se trata de nenhuma situação de "inside trading" - tive acesso a uma proposta de uma adequação - à luz ao Decreto-Lei n.º 74/2006 de 24 de Março (o tal do Espaço Europeu de Ensino Superior) - de uma licenciatura bitápica (5 anos) numa determinada engenharia do subsistema politécnico, que se supõe venha a ser "convertida" em 2007/2008 numa licenciatura de 3 anos.
Como o DL Decreto-Lei n.º 74/2006 exige em cada passo/palavra/letra do seu articulado, que o politécnico forneça como produtos de formação "profissionais" - subentendendo, os mais desavisados e distraídos, do principio que, a Universidade fornecerá como produtos da sua formação "académicos/investigadores"- também àquela equipa, proponente da adequação (já muito batida nestas andanças da profissão da referida engenharia), causou bastante preocupação (eu diria obcessão) em continuar a atender aos requisitos profissionais dos futuros licenciados de 3 anos na especialidade dessa engenharia politécnica.
A proposta de formação a que chegaram fundamentou-se então numa análise detalhadíssima dos resultados de aprendizagem, para ambas formações - a da pré Bolonha "lusa" (Licenciatura bi-etápica) e a da futura pós Bolonha "lusa" (Licenciatura, eventualmente, seguida de uma proposta de um "novo" mestrado profissional, exactamente no mesmo ramo de actividade) - que conferissem todas as competências exigíveis, àquela especialidade de engenharia, a nível de organizações profissionais nacionais e estrangeiras.
Ao contrário do previsível pelas versões mais avançadas da "actual" aritmética (ir)racional pertinente à nossa Bolonha, e apesar de todos os esforços desenvolvidos, os proponentes não conseguiram "encaixotar" as competências e os resultados de aprendizagem da actual Licenciatura bi-etápica, nas competências e resultados de aprendizagem da nova Licenciatura - ora vejam aqui ao que eles chegaram - uma matriz que cruza os RESULTADOS DE APRENDIZAGEM* de uma e de outra licenciatura: os quadrados verdes significam que o transporte/convergência/fusão de resultados de aprendizagem são pacíficos e até desejáveis, enquanto que os quadrados vermelhos significam que, no processo de adequação da bietápica à Licenciatura de 3 anos, serão expulsos da anterior formação bietápica diversos resultados de aprendizagem académica, imprescindíveis a um profissional de engenharia....
Conclusões que tirei dos esforços da frustrada equipa:
1ª - estes proponentes oriundos do subsistema politécnico ignoram as regras básicas da nova aritmética, pela qual 5=3;
2ª - a maioria dos proponentes do subsistema universitário também não atinou com a mesma regra da nova aritmética - daí que até surgiram, em algumas instituições universitárias porque o podem fazer, propostas mono-bloco de mestrados integrados (5=5);
3ª - as instituições universitárias andaram muito bem porque se na verdade não cumprem o Processo de Bolonha - "a system essentially based on two cycles : a first cycle geared to the employment market and lasting at least three years and a second cycle (Master) conditional upon the completion of the first cycle" - estão a alinhar-se pela permissividade específica (e potencialmente remunerada) que lhes foi conferida, pelo Decreto Lei 74-2006, mas sobretudo pela posição da ABET para garantia da acreditação internacional futura de profissionais de engenharias "Specifically, the reports recommend that the bachelor’s degree "be considered as a pre-engineering or ‘engineer in training’ degree," rather than the first professional degree, as the bachelor’s is widely considered now " - posição essa (datada de 1 de Setembro de 2006) que, a concretizar-se a curto prazo, irá influenciar os 8 países signatários do Acordo de Washington e, claro que rapidamente, também a própria posição europeia sobre o tema "exercício legal" da profissão de engenheiro no espaço europeu e no mundo.
4ª - Se às instituições politécnicas portuguesas, que cumprem e reunem as condições legais para leccionarem a nível de mestrados, não lhes for também rapidamente autorizada a leccionação a nível de mestrado, a breve trecho deixarão de ter alunos por se verem impedidos, por caprichos de um Decreto, de poderem cumprir critérios básicos de formação profissional efectivamente acreditada, nas áreas de engenharia, aonde quer que seja utilizada a aritmética tradional: 5=5 ou 5=3+2, mas nunca 5=3, isto é, só em todo o resto do mundo.
5ª - Se muitas pessoas e instituições respeitáveis de ensino superior nacional - todas muitíssimo responsáveis e algumas de elevado gabarito intelectual e pessoal - não conseguem ainda compreender que 5 pode ser igual a 5 ou igual 3 (dependendo dos "interesses" do sujeito observador e do seu raio pessoal de manobra política), como é que que podemos esperar que os nossos alunos do ensino secundário possam alcançar bons resultados de aprendizagem em matemática?
Por favor digam-me. rapidamente, que eu estou errada! OBRIGADA!
sábado, outubro 14, 2006
O Quarto 101 do «MInistério dos ESCOLHIDOS por "outros" e BENEFICIADOS por nós»
Se, inicialmente, tudo parecia logo muito estranho - foram identificadas, para o acordo com o MIT, sete universidades mas os reitores não sabiam - com estes adicionais informativos, agora é que a "estratégia global" para o sector, embrulha de vez!
E, é assim:
Nenhum acordo - mesmo aquele subscrito pelo MIT - envolveu qualquer "assessment" de UNIVERSIDADES/ESCOLAS e sim, quanto muito, apenas o trabalho realizado por ALGUNS quantos DOCENTES (?)/INVESTIGADORES (?) ou, globalmente, o trabalho de ALGUNS CENTROS de investigação SEDIADOS em instituições universitárias e UM POLITÉCNICO (IPPorto), única instituição politécnica que é mencionada, em tudo isto, e incluída no acordo com a UTA.
Esses protocolos são agora referidos como tendo "outputs" de EXEMPLOS/MODELOS, que podem ser seguidos por outras entidades públicas e privadas. Acharei muito bem, se «o exemplo/modelo» for integral, isto é, se todos forem SEMELHANTEMENTE FINANCIADOS para chegarem aos mesmos resultados.
sábado, outubro 07, 2006
Progresso dos "ratios" e dos indicadores portugueses....
Ora vejam:
No Público "online" li a seguinte notícia:
"3 - No ensino universitário, o ciclo de estudos conducente ao grau de mestre deve assegurar que o estudante adquira uma especialização de natureza académica com recurso à actividade de investigação, de inovação ou de aprofundamento de competências profissionais.
4 - No ensino politécnico, o ciclo de estudos conducentea o grau de mestre deve assegurar, predominantemente, a aquisição pelo estudante de uma especialização de natureza profissional."
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(*)ver em: "Declarações de José Lopes da Silva, Presidente do Conselho de Reitores - gostaria de saber mais sobre acordo entre Governo e MIT". 07.10.2006 - 14h28 Lusa.
Tem toda a razão Senhor Reitor, todos nós também gostaríamos de saber bastante mais sobre o assunto! Mas, ... Olhe, ....feliz de quem "deus" quer bem....!
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quinta-feira, outubro 05, 2006
Os Círculos de Villarceau
Não sei porquê, mas a mim parece-me também
que a nossa educação terciária é um círculo de Villarceau, revira-se o sistema e os subsistemas, mas continua tudo cada vez... mais cada vez, e não se percebem bem os objectivos de tanta andança ou "falança" - até porque andamos sempre em círculos.
O Processo de Bolonha, por exemplo, não foi acautelado! Já não é novidade que foram legalizados alguns cursos com a lusa implementação do processo cursos que não cumprem os requisitos do Processo - ex. Mestrados Integrados. Digo isto, porque a Declaração que, hipoteticamente o rege diz, textualmente, o seguinte:
The Bologna Declaration of 19 June 1999 involves six actions relating to:
"- a system of academic grades which are easy to read and compare, including the introduction of the diploma supplement (designed to improve international "transparency" and facilitate academic and professional recognition of qualifications);
- a system essentially based on two cycles : a first cycle geared to the employment market and lasting at least three years and a second cycle (Master) conditional upon the completion of the first cycle;
- a system of accumulation and transfer of credits (of the ECTS type already used successfully under Socrates-Erasmus); mobility of students, teachers and researchers; cooperation with regard to quality assurance; the European dimension of higher education."