segunda-feira, agosto 31, 2009

"Tin man"

Mas, digam-me lá meus caros e raros leitores porque não haveria o Senhor Presidente da República publicar mais uma vez diplomas legais de constitucionalidade, a meu ver, muito duvidosa. Já o tinha feito, antes, com o RJIES.
Desta vez, foram os diplomas das carreiras de pessoal docente do ensino superior.

Afinal, é sempre muito bom serem os outros a fazerem trabalhos políticos pouco asseados, e sermos "nós" (salvo seja) a podermos beneficiar deles.
Não concordam?
Alguns responsáveis, mesmo ao mais alto nível, não têm pejo nenhum a dizer-nos que o melhor caminho da nação é simultaneamente em direcções opostas, tal com o Homem de Lata do Feiticeiro de OZ.
Lata é coisa que nunca lhes falta!


Via Forum Snesup, ficámos a saber da promulgação dos estatutos da carreira docente do ensino superior e do título de especialista:
"o Estatuto da Carreira Docente Universitária (ECDU) - DL 205/2009 de31/8:
http://dre.pt/pdf1sdip/2009/08/16800/0572905757.pdf;
e o Estatuto da Carreira de Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico DL 207/2009, de 31/8: http://dre.pt/pdf1sdip/2009/08/16800/0576005784.pdf;
bem como o que define o regime jurídico do título de especialista – DL 206/2009, de 31/8
http://dre.pt/pdf1sdip/2009/08/16800/0575705759.pdf."

Sempre que dá jeitinho a constituição portuguesa pode ir para as ortigas... Sendo políticos e com descaramento que baste, nem precisamos de rebater argumentos ou fundamentar decisões.

____________

Via MCTES:
31/08/2009 Estatuto da Carreira Docente Universitária
ver mais
31/08/2009 Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico
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31/08/2009 Título de especialista
e ainda, MUITO IMPORTANTE:
1/08/2009 Conselho Coordenador do Ensino Superior
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sexta-feira, agosto 28, 2009

Políticas de Ensino Superior e Ciência da Legislatura

quinta-feira, agosto 27, 2009

Mmmmmmm....

Apenas pelo pelo seu valor facial, porque planos políticos são planos políticos e, falando em redundâncias, valem todos o que valem - aqui está o do PSD para o ensino superior:

"Definiremos critérios transparentes para o financiamento público do ensino superior, assente numa base plurianual e de contratualização de objectivos, bem como de igualdade de condições no acesso aos diferentes mecanismos de afectação de recursos.
.
Racionalizaremos a rede pública de ofertas de ensino superior, evitando redundâncias e dispersões excessivas, nomeadamente no que toca à proliferação de cursos e suas designações, e procurando fazer com que estes se ajustem às reais necessidades do mercado de trabalho.
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Criaremos as condições e os estímulos para que as funções de inovação, transferência do conhecimento e fomento do empreendedorismo sejam crescentemente assumidas pelas instituições de ensino superior.
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Respeitaremos e reforçaremos a autonomia das instituições de ensino superior, dentro de lógicas de parceria, diálogo e estreita colaboração, mas também de responsabilidade social e de prestação de contas à sociedade. Contribuiremos para uma efectiva concretização dos modelos de aprendizagem delineados no âmbito do Processo de Bolonha, indo além dos aspectos formais e administrativos da adaptação, como forma de assegurar mobilidade e competitividade no espaço europeu.
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Aprofundaremos a internacionalização das instituições de ensino superior, sempre dentro de lógicas de parceria internacional abertas, transparentes e verdadeiramente orientadas pela qualidade intrínseca dos projectos.
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Recuperaremos imediatamente uma avaliação externa eficaz e rigorosa dos cursos superiores e estabeleceremos sistemas de reconhecimento do mérito enquanto motores do desenvolvimento e melhoria do ensino superior, aos mais variados níveis, incluindo instituições, unidades orgânicas, docentes, investigadores, funcionários e alunos.
,
Garantiremos que os Estatutos das Carreiras Docentes no ensino superior constituem verdadeiros instrumentos para melhoria do ensino e da investigação, nas suas múltiplas vertentes, sem prejuízo das expectativas legitimamente formadas pelos actuais docentes.

Reforçaremos os mecanismos de estímulo à mobilidade internacional de alunos e docentes.
.
Criaremos condições favoráveis à participação dos estudantes no financiamento dos seus estudos, através designadamente de trabalho a tempo parcial nas instituições de ensino superior ou de estágios de Verão remunerados, como estímulo à sua autonomia responsável e experiência profissional, que possa também facilitar a integração futura no mercado de trabalho, tal como acontece em muitos países europeus."

FONTE:

REBIDES 2008

REBIDES (2008)























FONTE:

Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior:

Lista de Pessoal Docente ao abrigo do Decreto-Lei n.º 15/96, de 6 de Março.
nformação relativa a 31/12/2008:

ENSINO SUPERIOR PÚBLICO POLITÉCNICO

Universidade dos Açores

Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo

Escola Superior de Enfermagem de Ponta Delgada

Universidade do Algarve

Escola Superior de Educação e Comunicação de Faro

Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo de Faro

Instituto superior de Engenharia de Faro

Escola Superior de Saúde de Faro

Universidade de Aveiro

Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro

Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda

Escola Superior de Saúde de Aveiro

Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologias da Produção de Aveiro Norte

Universidade de Évora

Escola Superior de Enfermagem de São João de Deus

Universidade do Minho

Escola Superior de Enfermagem de Calouste Gulbenkian

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Escola Superior de Enfermagem de Vila Real

Universidade da Madeira

Escola Superior de Enfermagem da Madeira

Instituto Politécnico de Beja

Escola Superior Agrária de Beja

Escola Superior de Educação de Beja

Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja

Escola Superior de Saúde de Beja

Instituto Politécnico do Cávado e do Ave

Escola Superior de Gestão

Escola Superior de Tecnologia

Instituto Politécnico de Bragança

Escola Superior Agrária de Bragança

Escola Superior de Educação de Bragança

Escola Superior de Tecnologia e de Gestão de Bragança

Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo de Mirandela

Escola Superior de Saúde de Bragança

Instituto Politécnico de Castelo Branco

Escola Superior Agrária de Castelo Branco

Escola Superior de Educação de Castelo Branco

Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco

Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova

Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco

Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

Instituto Politécnico de Coimbra

Escola Superior Agrária de Coimbra

Escola Superior de Educação de Coimbra

Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra

Instituto Superior de Engenharia de Coimbra

Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital

Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra

Instituto Politécnico da Guarda

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda

Escola Superior de Tecnologia e Gestão da Guarda

Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia

Instituto Politécnico de Leiria

Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria

Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria

Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha

Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche

Escola Superior de Saúde de Leiria

Instituto Politécnico de Lisboa

Escola Superior de Dança de Lisboa

Escola Superior de Educação de Lisboa

Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa

Escola Superior de Música de Lisboa

Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa

Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa

Instituto Politécnico de Portalegre

Escola Superior de Educação de Portalegre

Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre

Escola Superior Agrária de Elvas

Escola Superior de Saúde de Portalegre

Instituto Politécnico do Porto

Escola Superior de Educação do Porto

Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Porto

Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão

Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto

Instituto Superior de Engenharia do Porto

Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras

Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto

Instituto Politécnico de Santarém

Escola Superior Agrária de Santarém

Escola Superior de Educação de Santarém

Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém

Escola Superior de Desporto de Rio Maior

Escola Superior de Saúde de Santarém

Instituto Politécnico de Setúbal

Escola Superior de Educação de Setúbal

Escola Superior de Tecnologia de Setúbal

Escola Superior de Ciências Empresariais de Setúbal

Escola Superior de Tecnologia do Barreiro

Escola Superior de Saúde de Setúbal

Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Escola Superior Agrária de Ponte de Lima

Escola Superior de Educação de Viana do Castelo

Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo

Escola Superior de Ciências Empresariais de Valença

Escola Superior de Enfermagem de Viana do Castelo

Instituto Politécnico de Viseu

Escola Superior de Educação de Viseu

Escola Superior de Tecnologia de Viseu

Escola Superior Agrária de Viseu

Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego

Escola Superior de Saúde de Viseu

Instituto Politécnico de Tomar

Escola Superior de Gestão de Tomar

Escola Superior de Tecnologia de Tomar

Escola Superior de Tecnologia de Abrantes

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

Escola Superior de Enfermagem de Lisboa

Escola Superior de Enfermagem do Porto

Escola Náutica Infante D. Henrique

Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril



sábado, agosto 15, 2009

Um caracol belíssimo

Lê-se, hoje, no Jornal Público online que, amanhã, fará dois anos a criação da Agência de Avaliação e Acreditação para a Garantia da Qualidade do Ensino Superior (A3ES), esta tem já uma página própria e, lá para 2010-2011, irá iniciar os processos de creditação das formações.
Além disso, a A3ES submeteu um artigo ao 4º Forum da Garantia da Qualidade intitulado "The Portuguese System of Quality Assurance - New Developments and Expectations", redigiu um projecto de Regulamento relativo aos procedimentos de avaliação e de acreditação das instituições de ensino superior e dos respectivos ciclos de estudos, e informa o povo que poderá enviar sugestões ao seu Conselho de Administração, no prazo de 30 dias úteis.
Valha-nos o facto de que a A3ES --- com a magananimidade daquele prazozinho concedido, em pleno Agosto, para os palpites de cidadania --- bota muito mais fé na velocidade de raciocínio e capacidades de argumentação do nosso povo, do que alguns dos populares têm fé, ou mesmo só esperança, na agilidade da A3ES.
A propósito, parece que, vencida esta fase lag plurianual, a A3ES emergiu a todo o gás; é que, também em 30 de Julho, fixou prazos para apresentação de pedido de acreditação prévia de novos ciclos de estudos e de pedido de acreditação de ciclos de estudos em funcionamento.
Mas, o que é mesmo preciso é que a A3ES (não deveria ser 3AES?) não esmoreça, avance sempre em frente, mesmo que vá no sossego do seu passo, bem devagarinho...

quinta-feira, agosto 13, 2009

Inspecionando a instrumentação de bordo

De repente, estou com umas duvidazitas:
- o novo estatuto de carreira do ensino superior politécnico já foi promulgado e publicado em Diário da República?
- se foi aprovado e publicado esse tal novo estatuto, o documento final não se tratou daquela versão que dá liberdade às instituições politécnicas para regulamentarem o que muito bem lhes der na telha, nesta matéria?
- se não foi ainda publicado o tal novo estatuto, qual é o problema da admissão na carreira politécnica ser feita por concurso público? A meu ver, será melhor que as condições de recrutamento de pessoal sejam sempre do domínio público. Pensa o MCTES que deve paralisar as instituições enquanto não se desembrulha, como deve ser, a legislação FUTURA pertinente à carreira do subsistema politécnico?
- e, também, se foi já publicado (quando e onde?) o novo estatuto, qual é o problema das instituições fazerem exactamente o que lhes convém em matéria de regulamentação dos critérios para recrutamento de pessoal docente? Não foi esta a ideia peregrina daquele documento que os «sindicatos do ensino superior subscreveram com o MCTES", com o pretenso objecto de proporcionar uma «diversificação» de condições e de «perfis» para o acesso à referida carreira?
- a propósito também, já se sabe o que é que vem a ser isto de "um especialista"?
Estou a referir-me ao seguinte entendimento do conceito de "especialista": 'Segundo o "novo" Estatuto da Carreira docente os professores terão de aceder aos "quadros" através de concurso público, mesmo que estejam na instituição há anos, e ter no mínimo o doutoramento ou "equiparação a especialista", entre outras regras'. (o texto em itálico não é meu mas as aspas, que aí pendurei, são).

Estaremos nós perante mais um daqueles nossos famosos casos de que se deve ser preso por se ter ou por não se ter cão, enquanto, não se fizer, exactamente,
«o que EU (salvo seja) acho que vou querer»?

terça-feira, agosto 11, 2009

baralhos só de ases e jokers

Recentemente, ou nem tanto, entre nós, um pouco por todo o lado, tem-se manifestado preocupação, dado importância e atribuído estatuto mediático à questão das cópias, plágios e mercados de compras ou vendas de trabalhos académicos e "científicos", tal como além, ali, , acolá e aqui mesmo, tendo por foco, a meu ver, um tanto injustamente, os alunos do ensino superior nacional; e disse injustamente porque talvez não sejam exclusivamente os alunos a demonstrar, assim, tão baixos teores em honestidade e integridade e em declives de verticalidade de espírito.
Os "pormenores de qualquer processo ou procedimento não podem ser considerados meros pormenores" – foi por isso que, hoje, resolvi dar relevância a mais esta outra evidência de crise global de valores em que vivemos.
Como sempre -- e desta vez também -- procurei na internet algumas referências descritivas sobre o tema, para me ajudarem a pensar
com mais clareza, sobre o assunto, sem que se torne necessário reinventar a roda, coisa que creio seja bastante apreciada entre nós;
A respeito deste tema, pessoalmente, construí para o meu gasto umas regrazitas de oiro (vá lá, de pirite) à custa da consulta de informações institucionais de elevada credibilidade e que reparto com quem por aqui passar:
1 - Parece ser importante sabermos as razões que suportam o uso e o abuso generalizado de cópias e plágios e também os motivos porque as taxas de utilização parecem recrudescer em todo o mundo – isto, porque, na maior parte dos casos, só ultrapassamos os problemas atacando, directamente as suas causas.



De acordo com o código de conduta de Carnegie Mellon:




Quase todos os autores de textos, sobre cópias e plágios, recomendam que se explique aos alunos, que é no seu próprio interesse, que se devem esforçar por conseguir concretizar os seus trabalhos, até pela auto-confiança e o prazer proporcionado quando alcançamos objectivos, progressiva e hipoteticamente, mais difíceis.
Para além disso, a meu ver, é importante aproveitar as questões de cópias e plágios para explicar e discutir com os alunos os aspectos relacionados com direitos de autor, com a protecção de propriedade intelectual e a legislação correspondente e, sobretudo, para os prevenirmos do facto dos plágios serem considerados de crime de interesse público, o que dispensa até a apresentação de queixa formal e confere o direito de uma estadia de 3 anos de cadeia - por outras palavras, teremos que perceber que o plágio não só é um crime, como é um crime grave.



2 - É bom conhecerem-se alguns referênciais numéricos sobre essa temática de cópias e plágios, para que ao se introduzirem medidas que potencialmente contrariem tendências nefastas se possam também ir avaliando os seus efeitos.





3 – Para contrariar as tendências "rampantes" para as cópias e plágios:



3.1 - Para detectar GRATUITAMENTE plágios e cópias, mais precisamente, o percentual de coincidência de trabalhos e textos, uma empresa catalã, a Symmetric criou um pograma para detecção do "percentual de originalidade" de um trabalho, com qualquer dos seguintes formatos pdf, html, odt, xml,txt, rtf, doc, docx, xls, xlsx, -- Approbo: http://approbo.citilab.eu/ -- é assumido como sendo uma dor de cabeça para alunos (e não só) «vagos». Este programa têm algumas limitações mas, no geral, é eficaz.

É muito interessante mostrar aos alunos como funciona este programa e, também, prestar muita atenção aos seus raciocínios sobre o assunto.

3.2 - E, quando não «os» podermos vencer (aos problemas ou aos seus promotores), CUIDADOSAMENTE, juntemo-nos, «a eles».

É um método INFALÍVEL -- para acabar, de vez, com cábulas e copianços de internet, pelo total desconcerto que promove -- "OBRIGAR" os alunos a fzerem cábulas e autorizar o seu uso bem como exigir o acesso à internet (que podem consultar à vontade), para executarem os trabalhos ou exercícios que se lhes pedem, em exames. Cábulas bem feitas são, para além de um excelente método de treino e uma forma de se aprender a sistematizar e de resumir a profusão de informações actualmente disponíveis; no fim deste trabalho, os alunos chegam a prescindir do uso das mesmas. Penso, no entanto, ser preferível que as avaliações sejam feitas sempre com consulta livre, com base em outros níveis de exigência e que incluam provas orais - defesa formal dos trabalhos. Claro que, para os docentes que tenham hordas de alunos, estas avaliações são uma espécie de trabalhos forçados, mas não se pode ter tudo....


Em relação à compra de trabalhos "tipo prato feito", este é de facto um problema sério, e está dentro da total legalidade. Vejam os meus caros e raros leitores, ao que se pode chegar em níveis de profissionalismo, apuro e talento comercial: http://www.customwritings.com/pricing.html. Mais uma vez, também neste caso, defesas orais dos trabalhos, dão uma boa ajuda à separação entre rios negros e solimões.

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Referência importante para a nossa terrinha, porque, aqui, os baralhos* só têm ases e jokers:

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA - Lei n.º 16/2008- de 1 de Abril
Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2004/48/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril, relativa ao respeito dos direitos de propriedade intelectual, procedendo à terceira alteração ao Código da Propriedade Industrial, à sétima alteração ao Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos e à segunda alteração ao Decreto -Lei n.º 332/97, de 27 de Novembro.
* Lá que somos muito «baralhos», isso somos, não duvido.

terça-feira, agosto 04, 2009

Ah! Mas,... é que vou mesmo... dar banho ao cão

Vou confessar, em segredo, só para os meus caros e raros leitores, um verdadeiro pecado meu. Cuidado, porque se depois disserem a alguém que eu disse o que lhes vou dizer, eu direi que não disse!

E,... é assim:

Durante muito tempo da minha vida, morri de inveja da mulher de um amigo meu. Pensei que o marido dela fosse o que, em alguns meios e épocas, se chamaria de um «excepcional e excelente partido».
Meus caros e raros leitores, não comecem já a especular...
A questão é que esse tal sujeito foi, para mim, durante tempos e mais tempos, o que pensava ser um verdadeiro achado de filantropia em matéria de prendas domésticas.
Mas, eu conto-lhes:

Sempre que se está em casa dele(s), a meio de entusiásticas conversas o referido homem declara peremptório, com boa catadura e excelente humor o seguinte: Desculpem-me lá, eu volto já mas, enquanto vocês estão por aqui entretidos, eu 1 - vou lavar a roupa; ou 2 - vou fazer o jantar; ou, 3 - vou aspirar o sótão; ou 4 - vou preparar o biberon dos gémeos (os netos), ou, ainda, 5 - vou lavar a loiça.
E sai, com ar compenetrado e super empenhado, deixando a própria mulher sem jeito, o restante mulheredo presente a engolir em seco, genuinamente, desvanecido, estupefacto e boquiaberto e os homens do grupo a fingir que não ouvem ou não percebem.
.
Cinco minutos depois, como se nada seja, reaparece e apresenta os seus racicínios e observações -- sem que estes pareçam, sequer, ter sido interrompidos, sempre avisados, oportunos, perspicazes e a esbanjar de bom senso -- sobre quaisquer que sejam as conversas que os restantes (dele muito condoídos) vão mantendo durante as suas ausências. Alem disso, o seu regresso ao convívio é sempre sereno, alinhado, calmíssimo, e juraria que... até é perfumado; isto é, nunca volta(va) ao grupo descabelado, desalinhado ou a praguejar,... nem em pensamentos... (vocês sabem o quero dizer não é?).
.
A pergunta, que eu me fazia a mim mesma, é como é que conhecendo eu bastante bem este meu amigo durante décadas, nunca tinha dado fé dessas suas tão preciosas qualidades, iniciativas e prendas que poriam, a meu ver, qualquer homem à beira da fasquia da perfeição, deixando a perder de vista o valor das pernas do CR9 e, como tal, imperdível. Cheguei a questionar até que ponto teria eu sido vítima dos malefícios da minha proverbial distração.

Tenho a certeza que a ala feminina dos meus caríssimos e raríssimos leitores compreenderá, então, até certo ponto, toda a minha inveja e ressentimento.

Um dia, não resisti, e perguntei à mulher dele: Olha lá, o que é que tu lhe fazes, para ele ter sempre tão boa vontade e tanta eficiência? E ela respondeu-me:
"Estás parva ou quê? Não é nada disso,.. eu deixo-lhe, previamente, é tudo arranjado, prontinho e organizado, ele só tem que carregar nos botões das maquinetas". (a última aquisição em equipamento, por parte do casal, foi aquele aspirador 'Roomba').

Lembrei-me, hoje, disto porque, enquanto, todas as políticas de ensino superior se mantiverem em modo de suspensão por causa de férias dos seus supostos promotores... eu resolvi copiar o figurino dos procedimentos desse meu amigo e digo-vos: vou aproveitar a aberta, para ir dar banho ao cão.

Volto já! já!

Para manter os meus caros e raros leitores entretidos, e sem lamentarem a minha brevíssima ausência, deixo-lhes aqui, para irem descascando, um ficheirinho já antigo, mas assaz interessante, para ser, devidamente, dissecado e discutido:
Publicada a Lista das 100 Empresas com mais I&D em 2007; de 23/07/2009.
e um outro ficheirinho ainda mais antigo, sobre o emprego de diplomados:
A procura de emprego dos diplomados com habilitação superior - 2009 [relatório IV]
EXCEL | PDF

Depois, então, conversamos sobre esses temas, ou sobre o que quiserem. Está bem?