terça-feira, agosto 11, 2009

baralhos só de ases e jokers

Recentemente, ou nem tanto, entre nós, um pouco por todo o lado, tem-se manifestado preocupação, dado importância e atribuído estatuto mediático à questão das cópias, plágios e mercados de compras ou vendas de trabalhos académicos e "científicos", tal como além, ali, , acolá e aqui mesmo, tendo por foco, a meu ver, um tanto injustamente, os alunos do ensino superior nacional; e disse injustamente porque talvez não sejam exclusivamente os alunos a demonstrar, assim, tão baixos teores em honestidade e integridade e em declives de verticalidade de espírito.
Os "pormenores de qualquer processo ou procedimento não podem ser considerados meros pormenores" – foi por isso que, hoje, resolvi dar relevância a mais esta outra evidência de crise global de valores em que vivemos.
Como sempre -- e desta vez também -- procurei na internet algumas referências descritivas sobre o tema, para me ajudarem a pensar
com mais clareza, sobre o assunto, sem que se torne necessário reinventar a roda, coisa que creio seja bastante apreciada entre nós;
A respeito deste tema, pessoalmente, construí para o meu gasto umas regrazitas de oiro (vá lá, de pirite) à custa da consulta de informações institucionais de elevada credibilidade e que reparto com quem por aqui passar:
1 - Parece ser importante sabermos as razões que suportam o uso e o abuso generalizado de cópias e plágios e também os motivos porque as taxas de utilização parecem recrudescer em todo o mundo – isto, porque, na maior parte dos casos, só ultrapassamos os problemas atacando, directamente as suas causas.



De acordo com o código de conduta de Carnegie Mellon:




Quase todos os autores de textos, sobre cópias e plágios, recomendam que se explique aos alunos, que é no seu próprio interesse, que se devem esforçar por conseguir concretizar os seus trabalhos, até pela auto-confiança e o prazer proporcionado quando alcançamos objectivos, progressiva e hipoteticamente, mais difíceis.
Para além disso, a meu ver, é importante aproveitar as questões de cópias e plágios para explicar e discutir com os alunos os aspectos relacionados com direitos de autor, com a protecção de propriedade intelectual e a legislação correspondente e, sobretudo, para os prevenirmos do facto dos plágios serem considerados de crime de interesse público, o que dispensa até a apresentação de queixa formal e confere o direito de uma estadia de 3 anos de cadeia - por outras palavras, teremos que perceber que o plágio não só é um crime, como é um crime grave.



2 - É bom conhecerem-se alguns referênciais numéricos sobre essa temática de cópias e plágios, para que ao se introduzirem medidas que potencialmente contrariem tendências nefastas se possam também ir avaliando os seus efeitos.





3 – Para contrariar as tendências "rampantes" para as cópias e plágios:



3.1 - Para detectar GRATUITAMENTE plágios e cópias, mais precisamente, o percentual de coincidência de trabalhos e textos, uma empresa catalã, a Symmetric criou um pograma para detecção do "percentual de originalidade" de um trabalho, com qualquer dos seguintes formatos pdf, html, odt, xml,txt, rtf, doc, docx, xls, xlsx, -- Approbo: http://approbo.citilab.eu/ -- é assumido como sendo uma dor de cabeça para alunos (e não só) «vagos». Este programa têm algumas limitações mas, no geral, é eficaz.

É muito interessante mostrar aos alunos como funciona este programa e, também, prestar muita atenção aos seus raciocínios sobre o assunto.

3.2 - E, quando não «os» podermos vencer (aos problemas ou aos seus promotores), CUIDADOSAMENTE, juntemo-nos, «a eles».

É um método INFALÍVEL -- para acabar, de vez, com cábulas e copianços de internet, pelo total desconcerto que promove -- "OBRIGAR" os alunos a fzerem cábulas e autorizar o seu uso bem como exigir o acesso à internet (que podem consultar à vontade), para executarem os trabalhos ou exercícios que se lhes pedem, em exames. Cábulas bem feitas são, para além de um excelente método de treino e uma forma de se aprender a sistematizar e de resumir a profusão de informações actualmente disponíveis; no fim deste trabalho, os alunos chegam a prescindir do uso das mesmas. Penso, no entanto, ser preferível que as avaliações sejam feitas sempre com consulta livre, com base em outros níveis de exigência e que incluam provas orais - defesa formal dos trabalhos. Claro que, para os docentes que tenham hordas de alunos, estas avaliações são uma espécie de trabalhos forçados, mas não se pode ter tudo....


Em relação à compra de trabalhos "tipo prato feito", este é de facto um problema sério, e está dentro da total legalidade. Vejam os meus caros e raros leitores, ao que se pode chegar em níveis de profissionalismo, apuro e talento comercial: http://www.customwritings.com/pricing.html. Mais uma vez, também neste caso, defesas orais dos trabalhos, dão uma boa ajuda à separação entre rios negros e solimões.

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Referência importante para a nossa terrinha, porque, aqui, os baralhos* só têm ases e jokers:

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA - Lei n.º 16/2008- de 1 de Abril
Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2004/48/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril, relativa ao respeito dos direitos de propriedade intelectual, procedendo à terceira alteração ao Código da Propriedade Industrial, à sétima alteração ao Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos e à segunda alteração ao Decreto -Lei n.º 332/97, de 27 de Novembro.
* Lá que somos muito «baralhos», isso somos, não duvido.

1 Comentários:

Blogger daniel john disse...

One of the advantages of owning a small dog is that they are very easy to bathe at home, though, at times it can be difficult. Often small dogs are frightened by the noise and activity of a high volume pet salon.

Essays

quarta nov. 24, 09:35:00 da manhã 2010  

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