quarta-feira, junho 25, 2008
Pois é, hoje só trago boas notícias:
Primeiro, uma belíssima notícia - já não é sem tempo mas, ela aqui está (via blog Diário Jurídico): Decreto-Lei n.º 107/2008, D.R. n.º 121, Série I de 2008-06-25 - o tal Decreto do estudante a tempo parcial.
A Segunda Excelente Notícia, via Público - a Universidade de Aveiro entendeu utilizar verbas próprias para ressarcir despesas de pessoal, sem pôr em causa a investigação - (nem o poderia fazer legalmente).
Fica sempre bem a uma Universidade não andar em choradeira deprimente pelos cantos dos gabinetes, e manter uma postura de resolução permanente de problemas enquanto defende os seus direitos.
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Meus caros e raros leitores, não é por nada - estou muito longe de femininismos - mas começo a achar que uma reitora faz a sua diferença no cenário nacional, e para muito melhor!
..lá que podia estar bem pior.... isso podia!
Hoje (ontem), foi um dia interessante de notícias para a Educação Superior - mas que não estando nem remotamente relacionadas com o MIT, não constam das novidades ou destaques do site MCTES, que pula as suas informações de 19 para 24 de Junho, numa única penada
Assim:
1- Por intermédio da atentíssima Revista de Imprensa de MJMATOS do Blog Que Universidade? ficámos a saber que "Mariano Gago defende que universidades devem discutir currículos com o mercado de trabalho", por um artigo subscrito no Público por Barbara Wong.
Mais interessante ainda, é sabermos que essa frase foi proferida na sessão de abertura de um evento que eu diria ter ocorrido na clandestinidade, não fosse tratar-se de uma organização, no dia de ontem, 23 de Junho de 2008, pelo Conselho Nacional de Educação - Seminário "O Processo de Bolonha e os seus Desenvolvimentos", e dos perfis pessoais da larguíssima maioria dos intervenientes, até ver, serem quase insuspeitos.
Gostei, particularmente, das afirmações arrojadíssimas, sobre a concepção pessoal sobre o financiamento das universidades públicas, atribuídas a sua Excelência o Senhor ex-Ministro Marçal Grilo - presentemente, no bom recato de uma trincheira, com perto de 9 anos passados da sua assinatura da Declaração de Bolonha que, no seu tempo, manteve cuidadosamente como "um assunto classificado" enquanto ele mesmo o mandava cozinhar "medium rare" a Pedro Lourtie, mas em lume brandíssimo.
Lembram-se, os meus caros e raros leitores disso e deles?
Vejam só que até eu, com a péssima memória que nem tenho, me lembro bem das partes-gagas da época, mas o referido senhor ex-ministro esqueceu-se do seu papel de embrulho-embrulhador em todo esse processo, e agora só lhe faltou dizer: ah! não fora euzinho.... bem, se calhar, até disse!
2 - Outra notícia interessante foi subscrita por Madalena Queirós no Diário Económico, também de 23 de Junho de 2008 - sobre a criação de cursos nas universidades e politécnicos - pp. 40, 41 e 48. É interessante porque revela preto no branco que - apesar de, há mais de um ano, os critérios legais e procedimentos de criação de cursos, deverem ser idênticos para qualquer subsistema, como é de bom tom nacional, as Universidades continuam a fazer tudo o que lhes apetece, e os Politécnicos? Estes também. Só que as primeiras fazem o que lhes apetece em passo acelerado, e os segundos apenas depois de uma demorada e prolongadíssima bênção da Direcção Geral de Ensino Superior, e após esta "ouvir" uma Comissão de Especialistas (esta constituída por Incógnitos e que leva bastante tempo para fazer o que quer que faça...e que ainda não percebi bem o que seja, mas lá que levam teeeeeeeeeempos e teeeeeeeeempos, isso levam - para cima de muitos meios anos - ainda bem que a referida comissão é de especialistas... UFA!...já imaginaram o que não seria se não fossem?).
Enfim, por isso é que digo que tudo poderia estar bem pior, ... lá isso, podia!
Podia a tal Agência de Acreditação, não ter ainda nem os curadores....
e agora já para lá estão há um mês e....e.... nada.
Vai ver, são também especialistas...
E, em Portugal, quem não é?
Assim:
1- Por intermédio da atentíssima Revista de Imprensa de MJMATOS do Blog Que Universidade? ficámos a saber que "Mariano Gago defende que universidades devem discutir currículos com o mercado de trabalho", por um artigo subscrito no Público por Barbara Wong.
Mais interessante ainda, é sabermos que essa frase foi proferida na sessão de abertura de um evento que eu diria ter ocorrido na clandestinidade, não fosse tratar-se de uma organização, no dia de ontem, 23 de Junho de 2008, pelo Conselho Nacional de Educação - Seminário "O Processo de Bolonha e os seus Desenvolvimentos", e dos perfis pessoais da larguíssima maioria dos intervenientes, até ver, serem quase insuspeitos.
Gostei, particularmente, das afirmações arrojadíssimas, sobre a concepção pessoal sobre o financiamento das universidades públicas, atribuídas a sua Excelência o Senhor ex-Ministro Marçal Grilo - presentemente, no bom recato de uma trincheira, com perto de 9 anos passados da sua assinatura da Declaração de Bolonha que, no seu tempo, manteve cuidadosamente como "um assunto classificado" enquanto ele mesmo o mandava cozinhar "medium rare" a Pedro Lourtie, mas em lume brandíssimo.
Lembram-se, os meus caros e raros leitores disso e deles?
Vejam só que até eu, com a péssima memória que nem tenho, me lembro bem das partes-gagas da época, mas o referido senhor ex-ministro esqueceu-se do seu papel de embrulho-embrulhador em todo esse processo, e agora só lhe faltou dizer: ah! não fora euzinho.... bem, se calhar, até disse!
2 - Outra notícia interessante foi subscrita por Madalena Queirós no Diário Económico, também de 23 de Junho de 2008 - sobre a criação de cursos nas universidades e politécnicos - pp. 40, 41 e 48. É interessante porque revela preto no branco que - apesar de, há mais de um ano, os critérios legais e procedimentos de criação de cursos, deverem ser idênticos para qualquer subsistema, como é de bom tom nacional, as Universidades continuam a fazer tudo o que lhes apetece, e os Politécnicos? Estes também. Só que as primeiras fazem o que lhes apetece em passo acelerado, e os segundos apenas depois de uma demorada e prolongadíssima bênção da Direcção Geral de Ensino Superior, e após esta "ouvir" uma Comissão de Especialistas (esta constituída por Incógnitos e que leva bastante tempo para fazer o que quer que faça...e que ainda não percebi bem o que seja, mas lá que levam teeeeeeeeeempos e teeeeeeeeempos, isso levam - para cima de muitos meios anos - ainda bem que a referida comissão é de especialistas... UFA!...já imaginaram o que não seria se não fossem?).
Enfim, por isso é que digo que tudo poderia estar bem pior, ... lá isso, podia!
Podia a tal Agência de Acreditação, não ter ainda nem os curadores....
e agora já para lá estão há um mês e....e.... nada.
Vai ver, são também especialistas...
E, em Portugal, quem não é?
sábado, junho 21, 2008
Jogos de estragédia
Embora, me encontre sob regime de alta segurança - entrei voluntariamente numa época de defeso, isto é, mantenho-me sob medidas de auto-"blogjacking" - sou, contudo, instintivamente muito dotada de alguns reflexos de Pavlov, isto é, impressionam-me e reajo sempre (de verão ou de inverno) a notícias acerca de pessoas (ou instituições) que se deviam dar ao respeito, tal como esta:
"Reitores querem encontrar-se com Sócrates antes do Verão para resolver pagamento de salários".
É deveras constrangedor, para.... para... todos nós!
Isto é, no que dá estarmos todos, permanentemente, a apostar em "alvos móveis" - a nossa verdadeira "estragédia", a todos os títulos!
Como é possível que as mais altas figuras da Educação Superior Nacional passem de lideres de uma Estratégia para o sector - o que me parece devia ser o seu único objectivo - a um plano B com o calibre de um protocolo de Baksheesh institucional...?
"Reitores querem encontrar-se com Sócrates antes do Verão para resolver pagamento de salários".
É deveras constrangedor, para.... para... todos nós!
Isto é, no que dá estarmos todos, permanentemente, a apostar em "alvos móveis" - a nossa verdadeira "estragédia", a todos os títulos!
Como é possível que as mais altas figuras da Educação Superior Nacional passem de lideres de uma Estratégia para o sector - o que me parece devia ser o seu único objectivo - a um plano B com o calibre de um protocolo de Baksheesh institucional...?
sexta-feira, junho 13, 2008
Quem é de cá não sabe, mas quem não é precisa de saber
Como quase todos os meus conterrâneos europeus, recentemente, vi-me também envolvida com os especulativos e lucrativos negócios do crude e, quanto a isso, a dedicar-me ao mercado de passados, porque essa coisa de futuros já era...
Isto é, venho adquirindo os meus combustíveis aos preços de antigamente - por exemplo, acabei de encher um depósito de uma carripana ao preço de há 30 minutos atrás - tenho a certeza de já me ter farto de ganhar um dinheiral.
Não é uma desculpa esfarrapada, mas com isto e com aquilo, não me tem sobrado muito tempo, para me dedicar ao tema deste blog.
Mas as coisas só podem melhorar, porque é essa a única tendência possível...
Como sabem os temas sobre os quais arengo em blogs reportam-se, dominantemente, ao ensino superior nacional e, tal como todos os outros nacionais residentes, venho escutando que não se sabe muito bem como estão a ser conduzidas as (profundas) Reformas do Ensino Superior, e também as da Ciência e a Tecnologia em Portugal.
Não é uma desculpa esfarrapada, mas com isto e com aquilo, não me tem sobrado muito tempo, para me dedicar ao tema deste blog.
Mas as coisas só podem melhorar, porque é essa a única tendência possível...
Como sabem os temas sobre os quais arengo em blogs reportam-se, dominantemente, ao ensino superior nacional e, tal como todos os outros nacionais residentes, venho escutando que não se sabe muito bem como estão a ser conduzidas as (profundas) Reformas do Ensino Superior, e também as da Ciência e a Tecnologia em Portugal.
Lá fundos essas reformas não têm mesmo não, meus senhores.
Se também sempre pudémos perguntar ao MIT ou Carnegie Melon e ler os Relatórios da OCDE, a partir de hoje, não temos mais porque reclamar - nem precisamos de sair do continente para sabermos do que tratam essas reformas - é só perguntarmos aos alemães, ou a alguém assim...
Se os meus caros e raros leitores ainda não se tinham dado conta que:
"São ainda opções políticas do Governo para a orientação do sistema de ensino superior reforçar o topo do sistema, a capacidade científica e técnica das instituições, assim como a sua capacidade de gestão, o seu envolvimento com a sociedade e a economia e a participação em redes internacionais. As unidades de I&D e os laboratórios associados são agentes particulares de mudança e de dinamização, cuja representação institucional está garantida ao abrigo do novo regime jurídico."
E se, por acaso, também desconheciam "Which tertiary education institutions in times of accelerated technical change?", desde há uns dias (9-6-2008) que não temos porque reclamar (vejam aqui, e aqui).
Se também sempre pudémos perguntar ao MIT ou Carnegie Melon e ler os Relatórios da OCDE, a partir de hoje, não temos mais porque reclamar - nem precisamos de sair do continente para sabermos do que tratam essas reformas - é só perguntarmos aos alemães, ou a alguém assim...
Se os meus caros e raros leitores ainda não se tinham dado conta que:
"São ainda opções políticas do Governo para a orientação do sistema de ensino superior reforçar o topo do sistema, a capacidade científica e técnica das instituições, assim como a sua capacidade de gestão, o seu envolvimento com a sociedade e a economia e a participação em redes internacionais. As unidades de I&D e os laboratórios associados são agentes particulares de mudança e de dinamização, cuja representação institucional está garantida ao abrigo do novo regime jurídico."
E se, por acaso, também desconheciam "Which tertiary education institutions in times of accelerated technical change?", desde há uns dias (9-6-2008) que não temos porque reclamar (vejam aqui, e aqui).
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Não é mesmo muito exótico?
Não é mesmo muito exótico?
......
Eu também..., e é mesmo muito intrigante, não acham?.......
Ora meus amigos, não sejam assim ... estava a referir-me só ao tocano.
Eu também..., e é mesmo muito intrigante, não acham?.......
Ora meus amigos, não sejam assim ... estava a referir-me só ao tocano.
sábado, junho 07, 2008
... ah! E também, em Portugal, no século 21º, os dentistas
Por causa desta curiosa notícia de ontem, na LUSA "Médicos dentistas: Ordem pondera impedir acesso à profissão se continuarem a faltar saídas profissionais", fiz um breve pesquisa na internet, para avaliar a originalidade da ideia da Ordem dos Dentistas.
Pensei, para comigo, aqui está qualquer coisa para reserva de propriedade intelectual,...
Bom....azar! não é sequer original!
Encontrei, de supetão, esta lista enorme de profissões infames:
- Among those considered infamous in fourteenth-century Germany were skinners, executioners, gravediggers, watchmen, jailers, field guards, barbers, surgeons, tooth pullers, lumbermen, foresters, shepherds, millers, latrine cleaners, refuse collectors, chimney sweeps, bath attendants, and prostitutes. Itinerant people such as peddlers, beggars, jugglers, musicians, singers, actors, dancers, acrobats, and magicians were also considered infamous. According to Blok, several categories of people with dishonorable professions can be distinguished. The first consists of people who came in contact with excreta of the human body or with illness, death, human remains, and dirt, such as skinners, chimney sweeps, barbers, and gravediggers.
Another category viewed as dishonorable consists of people who publicly exhibited their bodies for profit, such as entertainers and prostitutes.
A third category, overlapping the second group, consists of itinerant people, including beggars, peddlers, and roaming scholars.
Finally, people who lived outside the towns and villages, such as shepherds and millers, were considered infamous (Blok 1985: 30-35).
In Muslim cities in the Middle Ages, several occupations were also infamous. On religious grounds, the usurers ranked first among the disreputable.
Neither were traders of silver, gold, and silk highly regarded. Others who profited from transactions forbidden by Muslim law, such as moneylenders, slave dealers, wine sellers, and pork sellers, were also disapproved of.
Professional mourners, too, were frowned upon on religious grounds.
Prostitutes, dancers, and other entertainers, such as wrestlers, players, storytellers, and singing women, were suspected of a questionable morality and associated with vice and begging (Lapidus 1967: 82-83).
Other despised occupations that were not forbidden (harâm) but that were blameworthy or rejected (makrûh) in Islam were those whose practitioners were defiled by dead animals or animal waste matter, including butchers, tanners, hunters, and waste scavengers.
Camel and donkey drivers, shepherds, bath attendants, veterinarians, watchmen, and stablemen were considered to have low occupations and were looked down upon as well (Lapidus 1967: 82-83; Brunschvig 1962: 56)."
- vou só pedir para que seja incluída uma adenda à lista: Portugal, a impedir a formação de dentistas.... por credo ou religião? Não! Porque a organização de classe "acha!".
Referência:Pensei, para comigo, aqui está qualquer coisa para reserva de propriedade intelectual,...
Bom....azar! não é sequer original!
Encontrei, de supetão, esta lista enorme de profissões infames:
- Among those considered infamous in fourteenth-century Germany were skinners, executioners, gravediggers, watchmen, jailers, field guards, barbers, surgeons, tooth pullers, lumbermen, foresters, shepherds, millers, latrine cleaners, refuse collectors, chimney sweeps, bath attendants, and prostitutes. Itinerant people such as peddlers, beggars, jugglers, musicians, singers, actors, dancers, acrobats, and magicians were also considered infamous. According to Blok, several categories of people with dishonorable professions can be distinguished. The first consists of people who came in contact with excreta of the human body or with illness, death, human remains, and dirt, such as skinners, chimney sweeps, barbers, and gravediggers.
Another category viewed as dishonorable consists of people who publicly exhibited their bodies for profit, such as entertainers and prostitutes.
A third category, overlapping the second group, consists of itinerant people, including beggars, peddlers, and roaming scholars.
Finally, people who lived outside the towns and villages, such as shepherds and millers, were considered infamous (Blok 1985: 30-35).
In Muslim cities in the Middle Ages, several occupations were also infamous. On religious grounds, the usurers ranked first among the disreputable.
Neither were traders of silver, gold, and silk highly regarded. Others who profited from transactions forbidden by Muslim law, such as moneylenders, slave dealers, wine sellers, and pork sellers, were also disapproved of.
Professional mourners, too, were frowned upon on religious grounds.
Prostitutes, dancers, and other entertainers, such as wrestlers, players, storytellers, and singing women, were suspected of a questionable morality and associated with vice and begging (Lapidus 1967: 82-83).
Other despised occupations that were not forbidden (harâm) but that were blameworthy or rejected (makrûh) in Islam were those whose practitioners were defiled by dead animals or animal waste matter, including butchers, tanners, hunters, and waste scavengers.
Camel and donkey drivers, shepherds, bath attendants, veterinarians, watchmen, and stablemen were considered to have low occupations and were looked down upon as well (Lapidus 1967: 82-83; Brunschvig 1962: 56)."
- vou só pedir para que seja incluída uma adenda à lista: Portugal, a impedir a formação de dentistas.... por credo ou religião? Não! Porque a organização de classe "acha!".
Karin van Nieuwkerk, 1995. "A Trade like Any Other". Female Singers and Dancers in Egypt.
ISBN: 978-0-292-78723-0
DIVULGAÇÃO DA REDE 2020
Rede2020
"A Rede2020 é uma publicação com ideias e recursos sobre gestão, estratégia e marketing.
Contempla ainda temas de áreas como, por exemplo, economia, sociologia, tecnologia, geografia, história, e política, e está interessada na discussão de outras formas de expressão e entretenimento como, por exemplo, a literatura, arquitectura, música e artes visuais."
EDITOR: Vasco Eiriz, do blog EMPREENDER