Caminho certo
Que me aconselhariam fazer os meus caros e raros leitores, para obviar o estado de permanente surpresa dos nossos políticos?
Eu explico, ante-ontem, em Portugal, ficaram pelo menos duas pessoas de boca bem escancarada de pasmo - a primeira, foi o Senhor Presidente da República e, depois, com ele, fui eu!
Eu explico, ante-ontem, em Portugal, ficaram pelo menos duas pessoas de boca bem escancarada de pasmo - a primeira, foi o Senhor Presidente da República e, depois, com ele, fui eu!
Já a tarde ia alta, lá pelas 7:00 horas, vi descritos - no Público (aqui, se quiserem confirmar) - o estado de choque, espanto bem como os motivos pelos quais o Senhor Doutor Cavaco Silva foi apanhado desprevenido, num dos estabelecimentos do politécnico público, que decidiu visitar. O texto do Público, subscrito, por Margarida Gomes, rezava assim: «O Presidente da República, Cavaco Silva, confessou hoje, no Porto, que tinha "um conhecimento insuficiente do trabalho dos institutos politécnicos, principalmente na área da investigação e desenvolvimento", e exortou-os a apostarem na "diferenciação" em relação às universidades, porque esse "é o caminho certo". "Houve uma fase em que se pensava fazer dos politécnicos o mesmo que as universidades e eu sempre pensei que esse não era o caminho correcto".
(...)
"Eu próprio devo confessar que tinha um conhecimento insuficiente do trabalho dos institutos politécnicos, principalmente na área da investigação e desenvolvimento."»
Estaremos nós no meio de uma daquelas preocupantes situações de pessoas distintas mas, exactamente, com o mesmo nome?
Quero dizer:
1 - Onde teria andado o Presidente do Conselho de Ministros de Portugal entre 1985 e 1995?
A maior taxa de crescimento dos politécnicos foi na vigência do seu governo.
Então, e deixam-se assim crescer "coisas" que não se sabe bem o que seja?:
2 - Onde terá andado o Senhor Presidente da República de Portugal, em 2007, quando aprovou, assinando de cruz, para o subsistema politécnico uma única classe de investigação, que não existe em Portugal, nem em lado nenhum, "Investigação Orientada", do famoso RJIES - assunto sobre o qual foi devidamente prevenido porque prejudicava a investigação no politécnico.
Se este Presidente da República não dá atenção ao que faz, como pode não se espantar, e não espantar os outros? Sobretudo, como pode dar agora conselhos?
Vamos começar por aqui: Quem são e de onde são os assessores do Senhor Presidente da República para a Educação Superior? Também não saberá quem são?
Deixo aqui, umas codiazinhas de pão, para que o Doutor Cavaco Silva e, na verdade, todos os nossos outros políticos continuem a demarcar o caminho certo do Politécnico, para continuarmos todos, com a boa desculpa, de desconhecermos qual é!
(...)
"Eu próprio devo confessar que tinha um conhecimento insuficiente do trabalho dos institutos politécnicos, principalmente na área da investigação e desenvolvimento."»
Estaremos nós no meio de uma daquelas preocupantes situações de pessoas distintas mas, exactamente, com o mesmo nome?
Quero dizer:
1 - Onde teria andado o Presidente do Conselho de Ministros de Portugal entre 1985 e 1995?
A maior taxa de crescimento dos politécnicos foi na vigência do seu governo.
Então, e deixam-se assim crescer "coisas" que não se sabe bem o que seja?:
2 - Onde terá andado o Senhor Presidente da República de Portugal, em 2007, quando aprovou, assinando de cruz, para o subsistema politécnico uma única classe de investigação, que não existe em Portugal, nem em lado nenhum, "Investigação Orientada", do famoso RJIES - assunto sobre o qual foi devidamente prevenido porque prejudicava a investigação no politécnico.
Se este Presidente da República não dá atenção ao que faz, como pode não se espantar, e não espantar os outros? Sobretudo, como pode dar agora conselhos?
Vamos começar por aqui: Quem são e de onde são os assessores do Senhor Presidente da República para a Educação Superior? Também não saberá quem são?
Deixo aqui, umas codiazinhas de pão, para que o Doutor Cavaco Silva e, na verdade, todos os nossos outros políticos continuem a demarcar o caminho certo do Politécnico, para continuarmos todos, com a boa desculpa, de desconhecermos qual é!
4 Comentários:
Há "lapsus liguae" manifestamente infelizes, não é, RN? Fica-se é com a sensação que este tipo de desconhecimentos vem sempre de pessoal das minhas bandas (digo isto sem querer dizer que, na outra banda, estará tudo muito certinho).
É por estas (e por outras) que sou monárquico e um bocadinho avesso a "vestir a camisola" do clube.
Ah! Regina...
É por isso que me recuso a entregar o poder à geração dos jotinhas, mesmo que sejam rapazes e raparigas aí até 45 anos.
Não há muito que se chegue à geração prateada.
Um grande abraço pela coragem de dizer aos «que são dos nossos» que as multiópticas estão abertas 24 horas por dia e até têm à porta um senhor a entregar papeis, folhetos e catálogos.
Caríssimos "mjmatos e "alexandre sousa". Obrigada por pertencerem aos que ainda teimam em pensar.
MJMATOS, não acha que nenhum de nós é de nenhuma banda especial...? Vai-se a ver, e o que todos gostaríamos era de trabalharmos em equipa, para um Projecto. Precisaríamos tanto de um Mourinho... Ele já terá o que fazer?
Alexandre, para mim, coragem, coragem mesmo, precisa muito de ter só quem fica impávido e sereno, quando nos parece estar a
"escutamor" barbaridades.
Tem razão, RN. Pensando bem, não há bandas: apenas uma, a do país (digo isto sem querer cair em patriotismos baratos, apenas no sentido de ter horizontes mais largos dos que os da "loja"). Daí a importância de termos relutãncia em "vestir camisolas".
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