terça-feira, março 13, 2007

Confusos? Não! Ainda não estamos!

Fonte da imagem:
http://myimaginarium.com/copperconfusion.html

Ontem, via Blog Co-Labor, conheci mais um outro Blog temático do Ensino Superior em Portugal - Blog de Campus Ensino Superior e I&D Negócios, do Jornal Negócios.
Particularmente interessantes para mim, neste Blog, encontrei dois posts que me deixam totalmente "fuzzi":
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Este, porque nos relata uma extraordinária declaração de Sebastião Feyo, aqui, com um elegante e complicado "chapéu" de coordenador nacional da implementação do Processo de Bolonha, e cito-o: "Temos que distinguir duas questões diferentes no Processo de Bolonha, que muita gente confunde: uma é a questão estrutural das formações, outra é a questão dos conteúdos e da forma como os cursos são dados - os chamados métodos de ensino"... "Os métodos de ensino têm mais que ver com a componente académica e a estrutura tem mais que ver com a componente política daquilo que é oferecido à sociedade."
Assim a seco, vindo de quem vem, eu nem sei o que pense de uma afirmação tão peculiar como essa, mas penso é que não condiz nada com a ideia que tenho (tinha) do Professor Sebastião Feyo, sobretudo, sendo ele, ao que suponho, também docente da FEUP, instituição aonde foram pródigos em fazerem aprovar "Mestrados Integrados", seja lá como "este nível" de formação vier a ser entendido, em qualquer um dos restantes países subscritores da Declaração de Bolonha, sobretudo considerando o espírito inicial da mesma.
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Claro que, se a oferta pública das formações não tiver nada que ver com os resultados de aprendizagem e estes com as métodologias de ensino, então o Processo de Bolonha complicou-se muito em Portugal, para os resultados até agora obtidos, e não se percebe para que serviu esta implementação motorizada a tanto(s) tempo(s). Eu explico o que quero dizer, com um exemplo: qualquer formação em engenharia ficaria arrematadíssima na perfeição, se os formandos fossem informados, com um "powerpoint" de um único "slide", descarregável "online", que lhes seria indispensável, em cada um dos seus futuros actos profissionais, atenderem com muito rigor aos Principios Gerais de Conservação de Massa e de Conservação de Energia - com apenas isto, formar-se-ia um Excelente Engenheiro (de qualquer especialidade), em menos de 30 segundos, e ao custo de uma chamada telefónica para números verdes (0800).
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E agora, como resolver o problema?
Penso que o conteúdo deste post traduz a opinião de Alberto Amaral, director do CIPES (Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior): "E agora? Penso que a última esperança reside na futura Agência de Acreditação a implementar em breve. E por isso faço votos para que nasça bem e que tenha dentes... " (????)
Será que a Agência de Avaliação e Acreditação para a Garantia da Qualidade do Ensino Superior precisa mesmo de "dentes"?
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Estranho é que os dois posts, traduzindo as opiniões de duas pessoas tão credíveis, avisadas e com tanto bom senso, evidenciem exagerado, esperançoso e injustificadíssimo sebastianismo, em relação a essa mítica "próxima-futura" entidade sobrenatural, "A Agência".
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A respeito deste assunto - "A Agência"- pessoalmente, prefiro acompanhar com muito interesse o pensamento de JVC, no seu "blog" ApontamEntoS. Pelo menos, parece que este Blogger, como é seu hábito, está a formular uma análise sistemática do que é ainda apenas um embrionário projecto da "AAAGQES".
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Como também tenho opinião, e gosto de encurtar as minhas razões, "A Agência" bem como outros assuntos, igualmente importantes para o ensino superior português serão referidos, com desenvolvimento qb., até ao próximo sábado, dia 17 de Março de 2007 - um "ides de Março", muito desfasado do calendário desejável, mas em fase com: "NOVA SESSÃO DO NOVAS FRONTEIRAS. O Conselho Coordenador das Novas Fronteiras promove, no próximo dia 17 de Março (sábado), às 15h30, uma sessão pública subordinada ao tema "Dois Anos de Governo a Abrir Novas Fronteiras para Portugal" (aqui) - esta publicidade é inteiramente gratuita.

3 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Viva Regina, boa noite!

Andei uns anos em Física e ainda hoje respeito essa gente com muita veneração.

Com respeito ao respeito, acabei por enviesar um comentário a este seu «post» no Co-Labor.

& com respeito me despeço...

Um abraço

Alexandre

terça mar. 13, 08:00:00 da tarde 2007  
Blogger Regina Nabais disse...

Boa noite Alexandre,
Já que acabou por comentar o post no seu blog, eu resolvi responder-lhe a este seu comentário, no seu blog, porque se não fica difícil perceberem-se argumentos.

Abraço,

Regina

terça mar. 13, 10:35:00 da tarde 2007  
Blogger Regina Nabais disse...

Resolvi reproduzir, aqui o meu comentário ao "post" "SQUASH ou EDUCAÇÃO SUPERIOR?"(de 14 de Março de 2007) do Blog Co-labor:

Olá Alexandre,
Penso que, por insuficiência do meu texto, no meu “post”, posso ter sido interpretada como sendo contrária a este, ou a outro qualquer processo de avaliação/acreditação/serieação.
Para que fique muito claro, sou totalmente favorável, e considero indispensáveis pensarem-se processos de avaliação e, sobretudo, sistemas de acreditação académica e profissional, a rankings institucionais - desde que o sejam isentos e rigorosos; na verdade, da acreditação profissional sou mesmo fundamentalista e corporativa, por necessidade e convicção pessoais, desde há muitas décadas - e que todos estes processos tenham consequências muito sérias, efectivas, mas justas! Gosto de sistemas lógicos, e bem definidos, e não de sistemas que se prestem a interpretações livres, e a gosto conforme as conveniências políticas ou outras.
O que tenho é uma enorme dificuldade em entender o sistema de funcionamento e a independência da proposta actual de organização do nosso sistema de AA, e ainda muito mais dificuldade tenho, em acreditar que a forma como está o “draft” da proposta se possa tornar o elixir para todos os males da educação terciária.
Esperava que as pessoas em questão, pelo seu prestígio e estatuto, produzissem comentários analíticos bem fundamentados, e não simples “achos que”, como o fizeram.
Por isso, e com o devido respeito a si e a todos, discordo da forma como essas duas pessoas expressaram as suas opiniões sobre os temas que abordaram – lamento mas, no caso presente, senti-me desrespeitada como cidadã.
Talvez, com dizia Otto Bismarck, “para se manter o respeito por salsichas e organização, ambas não devem ser vistas durante o processamento” - no entanto, o que é certo é que andamos em processos de avaliação desde 94, salvo erro - e não foi por falta de competência de quem esteve envolvido, antes porém, de “politicos”; por isso, já devíamos ter ultrapassado há muito a fase de vamos experimentar outra vez, uma outra coisa qualquer, que EU não percebi o que é, nem como é; pior, ainda ninguém disse ter percebido ou explicado...
Obrigada/desculpe, pelo tempo de antena.
Abraço,

quarta mar. 14, 08:35:00 da manhã 2007  

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