Exercícios de respiração por causa de hiperventilação
Enquanto, me dedico à avaliação de estragos irreparáveis, ocasionados ao futuro de muitos alunos do ensino superior politécnico, promovidos pela Direcção Geral de Ensino Superior, sob a intencionalidade e/ou complacência do MCTES e, perante a inércia e passividade das próprias instituições politécnicas afectadas, e a fazer uns exercícios de (contenção de) respiração - isto é, estou a tentar, (à semelhança de sobrevivermos em anóxia) nos subterrâneos, a calcular os danos institucionais das escolas e alunos, em especial, daquelas que, apesar de cumpridoras de todos os requisitos legais, tiveram reais preocupações estratégicas na concepção das formações politécnicas adequadas que ofereceram no passado e se propuseram garantir no futuro, para adaptar as suas formações anteriores aos requisitos do Processo de Bolonha, e que se vêm agora sem resposta concreta às suas propostas, deixando quanto a mim, de uma forma totalmente irresponsável, largos contingentes de alunos - por baixo por baixo, eu estimo pelo menos uns 5,000 - empurrados para um beco sem saída, ou melhor, com saídas facultativamente mandatórias para outras instituições de ensino superior, muitíssimo menos enquadradas, bem preparadas e/ou experientes em algumas formações, relativamente, às quais se descobriram, de repente, não mais do que de repente, vocacionadas quando, por força dos processos de adequação ao Processo de Bolonha, os 2ºs ciclos das licenciaturas bi-etápicas entraram em cessação abrupta, dentro de um ano, no máximo, dois anos, instituições melhor preparadas e equipadas, se vêm a trocar impressões com falsos autistas.
Será que fui só eu, neste país, a falar com cerca de cada um, aos pares ou em grupos, de uma meia centena de finalistas de bacharelatos, a perguntar-me: e agora, ajude-me, o que "acha" que eu devo fazer?
Esta situação não parece impossível, num estado de direito, que nos diz, de cinco em cinco minutos, que persegue a excelência da educação superior?
Asseguro-lhes, situações estapafúrdias, meus caros e raros leitores, são mesmo possíveis, o governo do estado é que, a mim, não me parece andar nada direito!
_____
Por piedade, alguém me traga um cartuxo - pode ser um qualquer de papel para os meus exercícios de respiração ou, pelo menos, o cartuxo das balas do meu rifle de caça grossa, que tranquei no cofre, daquela minha prateleira, lá de cima.
Meus caros e raros leitores, em resumo, é meu entendimento que em todas as circunstâncias ruins da vida, há vítimas, mas há ainda mais voluntários....
Será que fui só eu, neste país, a falar com cerca de cada um, aos pares ou em grupos, de uma meia centena de finalistas de bacharelatos, a perguntar-me: e agora, ajude-me, o que "acha" que eu devo fazer?
Esta situação não parece impossível, num estado de direito, que nos diz, de cinco em cinco minutos, que persegue a excelência da educação superior?
Asseguro-lhes, situações estapafúrdias, meus caros e raros leitores, são mesmo possíveis, o governo do estado é que, a mim, não me parece andar nada direito!
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Por piedade, alguém me traga um cartuxo - pode ser um qualquer de papel para os meus exercícios de respiração ou, pelo menos, o cartuxo das balas do meu rifle de caça grossa, que tranquei no cofre, daquela minha prateleira, lá de cima.
Meus caros e raros leitores, em resumo, é meu entendimento que em todas as circunstâncias ruins da vida, há vítimas, mas há ainda mais voluntários....
Etiquetas: Ensino superior; politécnico
4 Comentários:
Assumindo a ignorância do macaco...
Então e a tabela dos ECTs, a grelha de equivalências, a boa-vontade das direcções?
Só hoje publico o comentário, porque só hoje consegui acesso físico à "internet" - as minhas desculpas.
Penso que não consegui expressar correctamente o que queria dizer. O que eu penso, alexandre sousa, é que:
1) teria que ser definido, ATEMPADAMENTE, a nível superior, é que a Instituição Pública X, entre os anos lectivos n/n+1 e p/p+1,
leccionará apenas formações Tipo A e B, ou só tipo A, e ponto final.
É para isto que seriam necessários os custos políticos da tutela.
2) O que a tutela não pode deixar, indefinidamente, é Instituições Politécnicas COM PROVAS DADAS EM QUESTÕES DE EMPREGO DOS SEUS FORMANDOS, CURRÍCULO COMPROVADO DE INTERNACIONALIZAÇÃO (que participa da estruturação internacional, 29 países, de currículos nas áreas em que lecciona) E INVESTIGAÇÃO APLICADA (DOMINANTEMENTE CUSTEADA INTERNACIONALMENTE e não do tipo FCT) os seus alunos, mão de obra e bastantes recursos diferenciados de prevenção, sem termo certo, pré-pagos pelo erário público.
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Se essas instituições se devem dedicar exclusivamente, a outras actividades, níveis e ou áreas, ISTO TERÁ QUE SER EXPRESSAMENTE DITO, e ASSUMIDO POLITICAMENTE, para mim espertalhices saloias, covardias e oportunismos tem horas adequadas para serem usadas.
3)Não sei como é são os processos/procedimentos das universidades mas, nos politécnicos, a submissão dos processos de adequação de licenciaturas bi-etápicas às licenciaturas de "bolonha" e as propostas de criação de novos ciclos novos de estudos, obrigam à apresentação de um dossier muito pormenorizado com informações detalhas, entre as quais se juntam tabelas de ECTS, quanto a mim ERRADAMENTE, estas tabelas são premonitórias, porque se trata de ciclos "novos", não leccionadas anteriormente, feitas com base em inquéritos a outros níveis- formações-alunos, e não o resultado de "cargas de trabalho" de alunos que os tenham efectivamente frequentado, como determina o procedimento original.
Não sei se interpretei bem a sua dúvida alexandre, espero que tenha ficado um pouco mais clarificada a situação que pretendi expor. Se não, por favor, avise(m)-me.
Claro que exprimiu o que lhe vai na alma; mas nós todos, para além de poetas também somos assistentes administrativos, burocratas, dominadores de folhas Excel, mais:
Parte da fauna entra e sai todos os dias (ou quase), 'ignorando' o substrato, o húmus que pisam cada vez que entram no departamento ou na faculdade. Ostensivamente, passam pelos pingos de chuva, fazendo de conta que não há nada para falar, que já está tudo dito...
Era o que faltava. E aqui aparece um boneco muito giro, nascido da cabeça do Rafael Bordalo Pinheiro.
Obrigada.
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