domingo, julho 09, 2006

Moinhos de "papel-lustro"

O Semanário Económico (7 a 13 de Julho) publicou uma entrevista a Augusto Mateus - ex ministro de António Guterres, cujo título ressalta desde logo a opinião do economista: "O Plano Tecnológico não existe, é um powerpoint" [1].
Pessoalmente, não podia concordar mais com esse economista, só que, vou um pouquinho mais além - mesmo para uma versão β condensada [*.ppt], e divulgada em *.pdf [2], é um trabalho muito, mas mesmo muito, muito fraquinho....
Aquela apreciação sobre o PT, vinda de quem vem, Augusto Mateus, endossa totalmente opiniões e impressões, pouco generosas sobre o Plano Tecnológico, já expressas por muitíssimos cidadãos comuns, e em muitas situações.
Não sendo Augusto Mateus exactamente um leigo na matéria, e não sendo também a única figura nacional de prestígio, a pôr em causa o referido Plano, o que me causa muita perplexidade, é a manutenção em operação-sombra-trevas de uma equipa técnica - penso que de natureza vagamente executiva, mas não tenho a certeza - liderada por Carlos Zorrinho e coadjuvada por um conjunto de 41 consultores/peritos que, supostamente, liderariam a concretização e implementação (???) do referido plano, sem que se vejam quaisquer resultados práticos. Aliás se conseguissem resultados, com o documento original de onde partiram, era caso para espanto e admiração de todos nós.
No entanto, esta equipa e demais consultores que andam "por lá", já há alguns mesitos, até agora, executaram, concretizaram, ou corrigiram exactamente o quê, sob a responsabilidade de quem?
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Duas ou três vezes por dia - que nem prescrição médica - são divulgados ou publicados múltiplos devaneios, piedosas intenções, anseios, ideias formidáveis, "únicas" e "inovadoras", em sentidos opostos de eixos de colisão, oriundos de todos os quadrantes políticos-governamentais, sobre o que Portugal poderá ser/fazer ao/do seu futuro, nas várias frentes, e em 360º do Horizonte Espaço-Tempo.
Vejam só, a propósito o que pensava Carlos Zorrinho, em Maio de 2006, a respeito do interesse de Portugal no ESPAÇO [3] aqui, de onde se extrai: "Plano Tecnológico: Zorrinho diz Portugal deve apostar no Espaço para ser competitivo". Uma opinião destas, é impressionante!Digam-me lá a verdade, se isto não parece uma mentira?
Mas, pensando melhor, até para mim, o Espaço está a parecer-me um objectivo irresistível, só não lhes digo é para que finalidade.
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Mas, e Preto no Branco,....o que é mesmo, para fazer, por quê, por quem, quando, até quando, quanto nos custa e quem é que paga?
Devo andar distraída....Ou, em alternativa, será que estou certa no que percebi, até agora - poderemos todos a continuar a fazer, como sempre, só o que bem nos apetece? Porque, alguém há-de pagar o prejuízo...
O Povo Português foi promovido (coagido) a Investidor de Altíssimo Risco, é aproveitarmos todos meus senhores!...
Saibem, é que quando até eu já dei por isso... (vejam neste "blog", por exemplo, um "post" de 1 de Maio de 2006) a coisa ultrapassou, há muitas léguas, o "não return point".

Referências:
[1] www.semanarioeconomico.com/entrevista/entrevista_index.html; acesso em 9 de Julho de 2006]
[3] Entrevista com Carlos Zorrinho. Espaço: A oportunidade de Portugal. [xmp.com.pt/espacialnews/junho2006.phtml; acesso em 9 de Julho de 2006]

1 Comentários:

Blogger Jack disse...

I don't know your language. Please visit.
Masonic Ambassador

domingo jul. 09, 07:07:00 da tarde 2006  

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