domingo, julho 02, 2006

Graduados de educação terciária "chave-na-mão"

Quando pensamos em informações protegidas - "conversações de pé-de-orelha e sob a rosa"- convém lembrarmo-nos que um segredo só estará bem guardado, quando toda a gente o sabe, mas ninguém, intencionalmente ou não, o refere, menciona ou quer discutir.Incluo, nesta categoria, os resultados do "Forum on the future of higher education" dos passados dias 27 e 28 de Junho, de 2006, do qual não se ouve falar, mas de que estão disponíveis, poucas referências. Dos comunicados distribuídos à imprensa internacional, pela sua importância, destacaria dois:1º - Para quem ainda imagine poesia sobre o financiamento da educação superior, leia:Business and Industry Advisory Committee to the OECD (BIAC). "Statement to the 2006 OECD Meeting of the Education Committee at Ministerial Level" [1], de onde extraí:
"We are aware that many institutions have successfully included and developed the provision of training and research activities into their educational systems. However, we believe that there is still more work to be done. BIAC believes that advanced vocational education, i.e. polytechniques and other continued technical education and training, should be actively promoted as a complementary option to traditional higher education systems. Besides e-learning, vocational education is a very useful instrument to achieve higher education for all, especially for those without high levels of traditional academic education..."
2º - Para quem ainda acredite que a globalização imposta a todos os serviços, pelo General Agreement on Trade in Services, exclue a educação, e é apenas uma fantasia já morta, seca, arreganhada, com a boca cheia de formigas, leia: Trade Union Advisory Committee to the OECD (TUAC). "Statement to the 2006 OECD Meeting of Ministers" [2].
Efectivamente, o futuro da nossa educação superior, ciência e tecnologia está a ser, estrategicamente, decidido fora de Portugal há muito tempo (1997), numa lógica de competição sem precedentes, e não adianta nada querermos uma coisa qualquer que nem sequer soubemos/sabemos definir, atempadamente, porque as nossas pretensões não se concretizam mesmo, caso contrariarem o planeamento estratégico global, que nos transcende (eu digo que felizmente) - no caso presente, pela OCDE, mas não está "sozinha" nisso.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial