OPÇÕES RADICAIS: Φ=Φ(1/2, 2,3) ou O Anarco Capitalismo?
Um artigo de Luís Reis Ribeiro, do Diário Económico - DE online de 2006-06-01 06:30, intitulado "Grupo de Harvard considera Plano Tecnológico insuficiente, refere explicitamente:
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Instituições como garantia de inovação
Aghion, de quase 50 anos, é um vulto da teoria moderna do crescimento, tendo reintroduzido o conceito de destruição criativa, originalmente formulado por Joseph Schumpeter - Num processo de destruição criativa bem sucedido, quem inventa (o empreendedor) desencadeia um processo de inovação que acaba por destruir o lucro dos que não inovam.
........"
Impressionou-me muito, e deixou-me... vá lá, também.... um pouco intimidada, aquela expressão "destruição criativa" - proferida por um Francês que integra (chefia, ou lá perto..) uma equipa de economistas do Growth Lab de Harvard - porque me fez recordar o sentimento decorrente de uma máxima utilizada por alguns militantes do MRPP do meu tempo (hoje, respeitabilíssimas pessoas) quando berravam, para uma extasiada plateia de outros miúdos: "quanto pior, melhor!") - e decidi averiguar um pouco mais o tema.
Aquela mesmíssima "destruição criativa" foi também, formalmente, expressa por Sua Excelência, o Senhor Ministro da Economia e da Inovação, durante a sua intervenção no jantar do Harvard Club de Portugal, de 17-03-2006.
Com efeito, a referência até já tem direitos adquiridos de aposentadoria e "patine de antiguidade" - os eminentes economistas limitaram-se a verbalizar os ecos de um conceito de Joseph A. Schumpeter, "Creative Destruction", From Capitalism, Socialism and Democracy (New York: Harper, 1975) [orig. pub. 1942], pp. 82-85: "Can capitalism survive? No. I do not think it can", "[What counts is] competition from the new commodity, the new technology, the new source of supply, the new type of organization... competition which... strikes not at the margins of the profits and the outputs of the existing firms but at their foundations and their very lives"e "Competition from innovations, ..., was [is, and will be] an "ever-present threat"...that "disciplines before it attacks."
Instituições como garantia de inovação
Aghion, de quase 50 anos, é um vulto da teoria moderna do crescimento, tendo reintroduzido o conceito de destruição criativa, originalmente formulado por Joseph Schumpeter - Num processo de destruição criativa bem sucedido, quem inventa (o empreendedor) desencadeia um processo de inovação que acaba por destruir o lucro dos que não inovam.
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Impressionou-me muito, e deixou-me... vá lá, também.... um pouco intimidada, aquela expressão "destruição criativa" - proferida por um Francês que integra (chefia, ou lá perto..) uma equipa de economistas do Growth Lab de Harvard - porque me fez recordar o sentimento decorrente de uma máxima utilizada por alguns militantes do MRPP do meu tempo (hoje, respeitabilíssimas pessoas) quando berravam, para uma extasiada plateia de outros miúdos: "quanto pior, melhor!") - e decidi averiguar um pouco mais o tema.
Aquela mesmíssima "destruição criativa" foi também, formalmente, expressa por Sua Excelência, o Senhor Ministro da Economia e da Inovação, durante a sua intervenção no jantar do Harvard Club de Portugal, de 17-03-2006.
Com efeito, a referência até já tem direitos adquiridos de aposentadoria e "patine de antiguidade" - os eminentes economistas limitaram-se a verbalizar os ecos de um conceito de Joseph A. Schumpeter, "Creative Destruction", From Capitalism, Socialism and Democracy (New York: Harper, 1975) [orig. pub. 1942], pp. 82-85: "Can capitalism survive? No. I do not think it can", "[What counts is] competition from the new commodity, the new technology, the new source of supply, the new type of organization... competition which... strikes not at the margins of the profits and the outputs of the existing firms but at their foundations and their very lives"e "Competition from innovations, ..., was [is, and will be] an "ever-present threat"...that "disciplines before it attacks."
Esse conceito parece estar bem estabelecido, e até já teve as suas prováveis consequências estimadas, na ida década de 80, por Charles Handy, Professor da London Business School, por uma função de eficácia (Φt:5), e que pode, grosseiramente, assim resumir-se:
Φt:5=Φ(1/2, 2,3,.......)
A qual significa, mais ou menos, o seguinte:
Φt:5=Φ(1/2, 2,3,.......)
A qual significa, mais ou menos, o seguinte:
Num horizonte de 5 anos, as empresas (instituições) vencedoras terão um novo perfil: metade dos empregados, que ganharão o dobro e promovem o triplo da facturação (isto é, trocando em miúdos, em cinco anos terá que sextuplicar a produtividade, hipoteticamente, sem aumento de custos).
Mesmo, inferindo-se que, pelo mesmo artigo, não parece ser muito claro o futuro protagonismo de Harvard no Plano Tecnológico: O DE confrontou a actual tutela do Plano Tecnológico sobre um possível restabelecimento de relações com o Growth Lab. O gabinete da coordenação, liderado por Carlos Zorrinho respondeu apenas que "é do interesse do Plano Tecnológico desenvolver uma colaboração activa com a Universidade de Harvard, tendo em conta o desenvolvimento de projectos concretos", sem especificar quais...
O que é certo é que, com ou sem destruição criativa, os custos públicos estão a ser agora fortemente condicionados - como se depreende, apenas por exemplo, pela Entrevista: António Nóvoa. VER DE online, 2006-05-30. 06:30. "Duvido que um gestor privado aceitasse gerir uma universidade nestas condições".
É mesmo Senhor Reitor? Concordo!
Mas, há-de convir Senhor Reitor, que é também impensável e impossível, que as empresas privadas pudessem alguma vez sonhar na adopção, ou sobretudo manutenção, de modelos e esquemas, desculpas e expedientes de governação, mesmo que só muito vagamente semelhantes a algumas das nossas entidades/instituições públicas - sejam elas universidades ou não.
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Apesar de tudo, reconheço que as consequências da globalização estão irreversivelmente a impor ao Estado Português opções demasiado radicais.
Desta forma, pode ser que a minha opção pessoal se possa radicalizar ainda mais, tornar-se herética e apedrejável mas, para mim, a Lógica precisa estar sempre acima de tudo: da Família, do Estado, da Pátria e de Deus, assim o que deveríamos fazer, em Portugal, é optarmos por uma organização anarco capitalista - porque, pelo menos, evitar-se-iam "privilégios ilegítimos incluindo vários subsídios, financiamentos, condições e regulamentos para 'trabalhadores e 'empregadores' oficiais, proteção particular ou especial, dada e garantida aos e por "contratos"/regras públicos em detrimento de outros contratos/regras públicos/privados, etc..." TUDO ISTO, E SEM ESTADO ou, quanto muito, um ESTADO EM PARCERIA SIM, MAS COM TODOS.
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Algumas referências consultadas:
1 - Governo >Ministérios > Ministério da Economia e da Inovação [MEI] > Comunicação
Plano Tecnológico: fundamentos, modelos e diferenças. 2006-03-17. Intervenção do Ministro da Economia e da Inovação no jantar do Harvard Club de Portugal.
2- http://transcriptions.english.ucsb.edu/archive/courses/
liu/english25/materials/schumpeter.html
3 - Diário Económico online > Economia
Luís Reis Ribeiro, do Diário Económico - DE online de 2006-06-01 06:30, intitulado "Grupo de Harvard considera Plano Tecnológico insuficiente
4 - Diário Económico online > Universidades
Entrevista de Madalena Queirós a António Nóvoa - DE online de 2006-05-30 06:30. "Duvido que um gestor privado aceitasse gerir uma universidade nestas condições. Cativações de verbas, decisões administrativas inesperadas da tutela e penalizações da eficiência dificultam gestão das universidades"
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