Profilaxia do placebo
Tenho estado à espera, com muita expectativa, de esclarecimentos fidedignos sobre as «fundações» do RJIES. Pensei que tivesse chegado o dia.
Hoje, a Senhora Reitora da Universidade de Aveiro narrou, na generalidade ao Diário Económico, o significado desse termo e também o que, por hipótese, lhe permite concluir que "As universidades têm um papel em minimizar os efeitos da crise"- ver aqui.
É mesmo? A isto eu chamo de um espírito positivo, já que temo que essa opinião optimista não seja partilhada por muitos dos seus pares.
Todavia, senti-me muito burra, porque apesar de reconhecer o esforço das explicações aduzidas, não consegui perceber ainda o fundamento teórico da opção por regimes fundacionais (porque na prática percebi bem,... refiro-me aquela coisa ma-ra-vi-lho-sa do Contrato Programa*) mas, ao que parece, tal como tudo em Portugal, é uma decisão que se passa em cima do muro, isto é, trata-se uma decisão reversível.
Mas se o resultado for minimização da crise, a passagem de todas as universidades a fundações não devia ser uma opção discricionária, e sim um "must".
A menos que se trate apenas dos efeitos de uma profilaxia do placebo ... Ouvi dizer que há fármacos formulados com inertes que funcionam...
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*Gostava muito de saber se as restantes instituições não fundacionais estão impedidas de apresentar Contratos Programa, porque me lembro que numa época pré-ligarmos para o que a OCDE dizia, já a Senhora Ministra da Ciência e Ensino Superior, Professora Doutora Maria da Graça Carvalho tinha introduzido em Portugal esta ideia que a meu ver, para a época entre nós, foi realmente inovadora.
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