sexta-feira, junho 08, 2007

Em lume brando, mas a ferver

Ultimamente, mas prorrogável por tempo indeterminado, pelo menos, até finais do mês de Junho, em relação às questões de ensino superior, tema deste blog, estou coagida a entrar numa fase de fervura em lume brando. Muitos outros valores - bem mais baixinhos, e mais carentes relacionados com as más resoluções pertinentes ao tema deste blog, mas inadiáveis -assumiram o controlo das minhas vidas todas. Assim, limito-me a registar aqui, para não me esquecer de me lembrar depois, as minhas sensações sobre o que vou sabendo, através da mui nobre vizinhança temática... Para minha sorte, na Blogosfera, a deslocalização compulsória do nosso Sistema de Ensino Superior, para parte incerta, tem sido permanente, valorosa e sempre muito bem supervisionada por combativos bloggers dos quais, assim de repente, me lembro de - Alexandre Sousa (Blog - Co-Labor), J. Cadima Ribeiro (Blog Universidade alternativa), João Vasconcelos Costa (Blog - Bloco de notas e Reformar a Educação Superior) MJMATOS ( Que Universidade?) e Virgílio Machado (Blog - PorEducar).

Aqui, hoje, registo as minhas principais impressões pessoais, àcerca do que fui sabendo:

1 ª - Um artigo de Sérgio Machado dos Santos - Avaliação e acreditação, publicado (6.6.2007) na página de JVC - Aqui temos mais um depoimento, daqueles demasidamente educadinhos, que só me induz ganas de atirar os pratos, sertãs de ferro, a baixela toda, à parede ou a alguém, e virar a mesa de ponta cabeça... Mais, o problema da avaliação e acreditação do ensino superior, não foram os dois anos gastos à espera das opiniões dos "juízes de fora". Para mim, o problema real da Avaliação Acreditação - veio para ficar, perenemente, inamovível, e desde 1994 - somos nós mesmos, somos todos e somos de cá dentro os responsáveis - sai ministro entra ministro, troca-se um partido e um "'programa político'" por outros quaisquer, mas juízo nacional e institucional que é o que precisaríamos de urgência, e seria bom, passa-nos sempre fora do alcance...
Para mim, o problema geral é de fácil resolução integrada, e a desconsideração permanente de opiniões divergentes, sobre outras metodologias e ou soluções possíveis para situações conflituantes, tomo-a como uma ofensa pessoal, e só me merece respostas, ao mesmo nível - rudes e cruas - para aqui não mencionar outras formas de expressão, que me pareceriam muito mais apropriadas e eficazes para a resolução cabal dos conflitos interesseiros de interesses instalados.
A opção por direito à indignação e por discursos politicamente correctos, ou mares mansos, em detrimento de igual direito à ofensa, favorece a liberdade descompromissada e total, para os pouquíssimos que podem falar e não se coibem em ditar regras, atitudes e comportamentos para os outros todos "ovelhescamente" acatarem, depois de lhes passar procuração ilimitada.

2 ª - Jamais poderia aceitar um convite para subscrever uma tomada de posição sobre o RJIES -Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, que me chegou por mail (6-6-2007), porque o RJIES foi proposto, se bem que muito mal pelo MCTES, para o Ensino Superior. Ora o documento, sobre o qual me foi pedida a subscrição, parece uma defesa de reserva de direitos de privilegiados e não uma tomada de posição suficientemente abrangente, sobre o assunto, que se esperaria de uma liderança universitária. Reconheço total direito à defesa sectorial de direitos, mas jamais subscreveria ou me solidarizaria com visões reducionistas e truncadas de problemáticas tão abrangentes, como só esta do RJIES. Para visões de tuneladora da banda estreita, sobram-me já as do próprio MCTES.
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3 ª - Recebi hoje, de tarde, também por mail uma proposta muito interessante de trabalho sobre o RJIES:
"Fazer circular um texto que possa ser visto e revisto por um número suficiente de colegas de modo a «garantir» que não diga nada que não deva ser dito (nem a mais, nem a menos) e que torne claro que o apoio não é partidário (acho que há locais próprios para esse tipo de apoios) mas sim devido ao mérito do projecto (principalmente em comparação com a lei Gago). O mais simples parece-me ser publicá-lo como «post» e ir fazendo alterações conforme os comentários recebidos".
Espero mesmo que se concretize esta ideia integradora e, com ou sem tempo, para ajudar o(s) promotor(es), disponibilizo-me para a primeira linha de trabalho.

4 Comentários:

Blogger Virgílio A. P. Machado disse...

Em relação à 1.ª, parece que ainda não foi desta vez que a sua intuição a enganou. Ver aqui s.f.f.

sábado jun. 09, 04:44:00 da manhã 2007  
Blogger MJMatos disse...

Parece que o meu comentário de ontem levou "chá de sumiço", pelo que vou tentar reconstituí-lo.
Ponto 2: Confesso não perceber a subscrição desse documento por pessoas do Politécnico. Terão lido o documento? Parece-me uma oportunidade perdida em termos de constituição de um bloco tão abrangente quanto possível a nível do ES. Quanto ao resto, só tenho pena que a minha opinião seja, por vezes, demasiado educadinha, e não contundente como a da dona desta casa.

sábado jun. 09, 09:14:00 da tarde 2007  
Blogger MJMatos disse...

Quanto ao ponto 3, plenamente de acordo, assim não nos falte o engenho e arte. Uma bela ideia de VAM.

sábado jun. 09, 09:16:00 da tarde 2007  
Blogger Regina Nabais disse...

Olá Virgílio, não sei porque decidiu camuflar uma grande ideia SUA, como aqui nos diz o MJMATOS. Veja o meu post de hoje, e diga coisas...
Olá MJMATOS, quanto tempo, hem?
Pensei que se tivesse zangado comigo, por qualquer das barbaridades que digo, ou quisesse manter cautelosa distância de segurança, dos meus acessos públicos de mau humor. Mas olhe que este é teleguiado e fixamente, orientado - e nunca resulta em efeitos colaterais.
Abraço aos dois,
Regina

sábado jun. 09, 10:05:00 da tarde 2007  

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