quarta-feira, janeiro 10, 2007

O "THE BOOK" e a outra cartilha

Na página 42 do Diário Económico de ontem, 9 de Janeiro de 2006, dei agora fé de um artigo assinado por Pedro Lourtie, sobre (e com o título) "O Relatório da OCDE".
Não é que o texto acrescente nada, mas fez-me ficar a pensar que as apreciações internacionais (ENQA e OCDE, e talvez também as avaliações institucionais pela EUA - com financiamento público para 10 da centena e meia de instituições superiores) foram encomendadas apenas para o actual governo ganhar (muito) tempo, enquanto pensavam o que lhes seria conveniente fazer à Educação Terciária em Portugal. No seu artigo, Pedro Lourtie classifica o referido relatório como "uma boa base de trabalho", e faz notar que, efectivamente, o Relatório da OCDE diz umas coisas mas o Nosso Primeiro diz outras. Sugeriu-me a ideia que, se calhar, o MCTES não está a fazer exactamente o que quereria mas, muito provavelmente, tão somente, o que lhe mandam, convertendo-se, desta forma, uma órdem de Sócrates "nos desejos" de Mariano Gago.
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Se for assim, o caso muda totalmente de figura, o que quer dizer que nada mudará, já que o "rasqueado" vai ser, exclusivamente e como sempre, dançado com a cifra, vozes e mando de uma mera cartilha de resultantes aleatóriamente dinâmicas do "empowerment" vigente, e o "THE BOOK" remete-se para "aquela prateleira empoeirada lá de cima", como eventual referência, a consultar em futuras reflexões académicas! E,... ganharam-se quase dois anos, sem se mexer uma palha, mantendo-se o pessoal todo, espectacularmente, bem entretido e a embirrar uns com os outros. Perfeito!
Muito bem lembrado, sim senhores!.
Os ingénuos aprendem muito (devagarinho) nesta vida - "When raised by a coyote one becomes a coyote".

IMAGEM: http://www.digitalblasphemy.com/userg/images/1129457857.shtml

3 Comentários:

Blogger JVC disse...

É só palpite, mas, neste caso, parece-me mais ser Sócrates a engolir anzol e linha do MCTES do que o contrário.

quarta jan. 10, 11:04:00 da manhã 2007  
Blogger MJMatos disse...

Pois, começo a concordar com esta visão, RN.

quarta jan. 10, 09:29:00 da tarde 2007  
Blogger Regina Nabais disse...

Caríssimos, desculpem-me levar tanto tempo a responder-lhes, mas as minhas diversas outras vidas andam mais enroladas que fumo de índio...
JVC, eu também estou indecisa com a hipótese que colocou mas, por causa disso, já tenho um tubo de ensaio a jeito para a experiência final, e vai ter por base uma única palavra desta frase dos dizeres de Sócrates: “A terceira opção é reforçar o sistema binário de forma inequívoca. O ensino politécnico deve concentrar-se ““ESPECIALMENTE “” (acentuação minha) em formações vocacionais e em formações técnicas avançadas de 1º ciclo, profissionalmente orientadas. Por seu lado, o ensino universitário deverá reforçar a oferta de formações científicas sólidas e especialmente de pós-graduações, juntando esforços e competências de unidades de ensino e de investigação”.
Se começarem a surgir autorizações cirúrgica e geograficamente “estratégicas”de funcionamentos de mestrados em politécnicos – quem está (esteve) sempre ao leme é Sócrates (e, eu lá terei que pedir desculpas a Mariano), caso contrário,… bom, foi linha, foi anzol, licença de pesca, pescador e barcaça.
Acham que seria rentável montamos uma banquinha de apostas?

quarta jan. 10, 10:16:00 da tarde 2007  

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