Balde de água a aquecer
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O referido artigo, para mim, foi como um balde de água polar porque, até agora, pensava eu que, cá pelo País, tínhamos muito orgulho "nos nossos desenrascanços e happenings" mas, pelo contrário, já vem de muito longe o hábito de se propagandearem as "maravilhas e grandes realizações" que se irão alcançar em futuro incerto mas, pelos vistos, apenas para atestar que as ideias descritas não são para executar.
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O autor do artigo conclui o seu raciocínio mais ou menos assim: "...Por isso, tudo aquilo que verdadeiramente se passou, desde a industrialização até à urbanização, passou-se 'desordenadamente', à revelia dos planos e mesmo fora da lei.
Até hoje, os governos andaram sempre a tentar mudar o país em meia dúzia de anos. Talvez fosse preferível tentarem compreendê-lo."
Se Rui Ramos estiver certo, e infelizmente assim parece, para mim, começaram a fazer todo o sentido os imprecisos resultados das seguintes vagas e, ambiciosamente, abrangentes declarações de intenções:
Um compromisso com a Ciência para o futuro de Portugal - Vencer o atraso científico e tecnológico; o Plano Tecnológico - Agenda para o crescimento e até o Programa do XVII Governo Constitucional.
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Como podem ver, já pus a água polar a aquecer, mas... esqueci-me de trazer lenha que chegue!
Mas, um destes dias, ainda vou buscá-la.
A eficiência e eficácia reinantes, há décadas, são muito contagiosas...
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