Balde de água a aquecer
Andava eu a cirandar pela blogosfera e encontrei, no Blog Revista Atlantico, a transcrição de um artigo de opinião, muito interessante, publicado na passada quarta-feira, 24 de Janeiro, no "Público", subscrito por Rui Ramos, e intitulado "A grande estratégia".
.O referido artigo, para mim, foi como um balde de água polar porque, até agora, pensava eu que, cá pelo País, tínhamos muito orgulho "nos nossos desenrascanços e happenings" mas, pelo contrário, já vem de muito longe o hábito de se propagandearem as "maravilhas e grandes realizações" que se irão alcançar em futuro incerto mas, pelos vistos, apenas para atestar que as ideias descritas não são para executar.
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O autor do artigo conclui o seu raciocínio mais ou menos assim: "...Por isso, tudo aquilo que verdadeiramente se passou, desde a industrialização até à urbanização, passou-se 'desordenadamente', à revelia dos planos e mesmo fora da lei.
Até hoje, os governos andaram sempre a tentar mudar o país em meia dúzia de anos. Talvez fosse preferível tentarem compreendê-lo."
Se Rui Ramos estiver certo, e infelizmente assim parece, para mim, começaram a fazer todo o sentido os imprecisos resultados das seguintes vagas e, ambiciosamente, abrangentes declarações de intenções:
Um compromisso com a Ciência para o futuro de Portugal - Vencer o atraso científico e tecnológico; o Plano Tecnológico - Agenda para o crescimento e até o Programa do XVII Governo Constitucional.
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Como podem ver, já pus a água polar a aquecer, mas... esqueci-me de trazer lenha que chegue!
Mas, um destes dias, ainda vou buscá-la.
A eficiência e eficácia reinantes, há décadas, são muito contagiosas...
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