segunda-feira, julho 31, 2006

Doninhas, mas "das bem lavadinhas de fresco"

Como é que num conjunto total de 25,836 vagas disponibilizadas pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, em 2005/2006, para as UNIVERSIDADES públicas, acabam por se conseguir matricular, nestes mesmos estabelecimentos e ano lectivo, um total de 32,609 alunos - se descontarmos mestrados e doutoramentos - no 1º ANO, PELA 1ª VEZ? Assim distribuídos:
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Bacharelato --355
Complemento de formação --99
Doutoramento --1,627
Especialização pós-bacharelato --104 (o que é isto, e como se financia?)
Especialização pós-licenciatura -- 2,650 (o que é isto, e como se financia?)
Licenciatura -- 28,654
Licenciatura (parte terminal) --496 (o que é isto, e como se financia?)
Mestrado -- 8,024
Outros cursos de Compl de Formação -- 99
Preparatórios de licenciatura --152
Favor conferir abaixo, como se chega à dúvida descrita.
A) Se for gralha deve ser corigida;
B) Se não for gralha, precisaria ser tudo muito bem explicado!
Nomeadamente como se articulam as formações referidas, com as formações regulares, e com os requisitos, "numerus clausus" e limites de acesso - ao ensino superior.
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Gostos são gostos, jamais os discuto.
Eu gosto muito de "cangambás". Poucos os apreciam.
Penso que entre nós, os bichinhos são conhecidos por "doninhas fedorentas listadas". Para mim, elas são absolutamente adoráveis mas têm um cheiro forte almiscarado que, para a maioria doas pessoas, é muito desagradável, mesmo repugnante. Mas, como o meu nariz é só tamanho...
Esse cheiro característico das doninhas só atenua - dizem os entendidos (porque penso que é um inconveniente insolúvel dos bicharocos) - quando lavados "copiosa e cuidadosamente" com sumo de tomate.
Está bem, tal como apreciação de odores, há muitas outras consequências de múltiplas outras situações, com resultados bons e maus de classificação subjectiva!
Pessoalmente, por exemplo, incomoda-me muito mais que se disponibilizem informações atrapalhadas e parciais do que a ausência total de informações - é que conhecer parte das questões, deixa-me sempre uma vaga sensação de insegurança, de estarem a tornar-me numa vítima estúpida e ingénua, de manipulação fácil, a par de me provocarem uma remanescente total desconfiança sobre as mensagens que os seus autores queiram transmitir, se não pelos próprios autores em si - quer estes se tratem de cidadãos comuns, governantes ou distintos profissionais da comunicação social.
Resumindo: Para mim, "meias verdades e meios translúcidos de informação ou de comunicação" são sempre classificados como rematadas e descaradas mentiras.
Efectivamente, com base em informações truncadas, nunca pode haver uma tomada de posição bem intencionada, decisões ou traçados de políticas estratégicas, verdadeiramente honestos.
Se for para se ser discricionário, façam-me a mim as vontades e concedam-me caprichos, porque sou velha e mimada.
Considero, ser preferível discordar total e abertamente da opinião/decisão de uma pessoa ou instituição, que até posso estimar, respeitar e admirar muito como excelentes entidades ou pessoas, do que desconfiar delas - a desconfiança provoca-me um sentimento de perda que, para mim, se torna indelével e intolerável.
A única desconfiança, para qual disponho de tolerância, é a relativa à minha própria pessoa, tudo o mais terá um efeito irreversível - as pessoas ou entidades das quais passo a desconfiar, é como se eu tivesse testemunhado "a sua missa de corpo presente". Morrem!
É pena, mas é assim mesmo.
Querem um exemplo? Aí vai:
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Do Portal do Governo, extraí dos endereços abaixo:
1º - Vagas de acesso ao Ensino Superior Privado em 2006-2007, em 2006-07-26
[www.portugal.gov.pt/Portal/Print.aspx?guid=%7BF08FF6F3-F14C-4F1A-9865-4376B8D5EF99%7D ]
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2º - Vagas de acesso ao Ensino Superior em 2006-2007, em 2006-07-14
[www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais
/GC17/Ministerios/MCTES/Comunicacao/Notas_de_Imprensa/
20060713_MCTES_Com_Acesso_Ens_Sup_2006_2007.htm ]


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OBSERVAÇÃO - para verem melhor o conteúdo das imagens cliquem nas figuras, vão a este endereço: http://www.esnips.com/web/VAGAS2006ENSINOSUPERIOR, ou consultem directamente as referências, do fim do post.
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3º - Basta consultar os dois ficheiros nos respectivos "sites" (estranhamente, são dois endereços! Porquê dois endereços** para o mesmo tema?) para vermos que os critérios a base de apreciações variam:
- Os Estabelecimentos Privados e Cooperativos, tem um elemento de apreciação - até mais correcto - o número de alunos inscritos pela primeira vez no primeiro ano, enquanto que as vagas do Ensino Superior Público tem um elemento de apreciação discutível - "o número de alunos colocados";
- Os ficheiros excel, que se podem consultar não estão completos e são dispersos, vejam-se os originais:
a)http://www.portugal.gov.pt/NR/rdonlyres/0206D79E-C12E-47AB-8B23-7A32A1871487/0/Vagas_Ens_Sup_06.xls (público)
b) http://www.acessoensinosuperior.pt/pdfs/vag06/vag06priv.xls (privado e cooperativo);
Os conteúdos destes mesmos ficheiros não batem certo com as informações disponíveis no OCES (instituição mais coerente, consistente e experiente) aqui:
http://www.oces.mctes.pt/docs/ficheiros/Inscritos_1_VEZ_2005_06__Dif_.xls (público+privado e cooperativo+ Militar e policial);
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4º - Extraiem-se deste último documento que, em 2005-2006, se matricularam no 1º ano, pela primeira vez, um total de 82,720 alunos, assim distribuídos:
Número total de alunos inscritos pela primeira vez no primeiro ano:
Politécnicos Privados e Cooperativos - 7,421;
Universidades Privadas e Cooperativas - 8,620;
Politécnicos Militares e Policiais - 76;
Universidades Militares e Policiais - 299;
Politécnicos Públicos - 21,056;
Universidades Públicas - 42,260 (32,609???, se excluirmos mestrandos e doutorandos);
Universidade Católica Portuguesa - 2,988.
Como é que num conjunto total de 25,836 vagas disponibilizadas pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, em 2005/2006, para as UNVERSIDADES públicas, acabam por se conseguir matricular, nestes mesmos estabelecimentos e ano lectivo, um total de 42,260 alunos (32,609, se descontarmos mestrados e doutoramentos), no 1º ANO, PELA 1ª VEZ?
Isto é alguma gralha? Se for um erro, por favor, corrijam.
Se não for erro, há alguma explicação, que consigamos perceber?
Seria muito bom que as bases informativas, destes assuntos polémicos, fossem sistematizadas de modo uniforme, e disponibilizadas num único endereço, e tendo por bases de apreciação os mesmos critérios e referências, se não, os resultados são sempre disparatados e, dizê-los ou não, para quem sabe é a mesma coisa, e para quem não sabe, são muito enganadores.
Fica o tomate para iniciarem as "abluções", apesar de que há procedimentos que, tal como os "aromas de doninhas", nem com molho de tomate lá vai.
** Situação muito anómala, mas entretanto, corrigida - ver "post" deste mesmo "blog" de 5 de Agosto de 2007: "Acabou o malte...mas temos muito gelo!".
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Referências consultáveis:

--->>> Governos_Constitucionais/GC17/Ministerios/MCTES/Comunicacao/

--->>> Notas_de_Imprensa/20060713_MCTES_Com_Acesso_Ens_Sup_2006_2007.htm

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