Texas sharpshooter fallacy
A designação deste post traduz a história de um texano que disparou, aleatoriamente, na parede lateral de um celeiro e, depois, desenhou círculos em torno de um dos buracos das balas, enquanto se gabava da sua fabulosa pontaria..
Ora bem, lembrei-me desta história quando estranhei que a A3ES, sem que tenha publicado nem a grelha nem os critérios de avaliação das instituições de ensino superior, tenha divulgado que as que obtiverem "excelente" auferem de uma certa autonomia de decisão na gestão dos seus cursos e haverá outras que deveriam auto-fechar-se.
Ora bem, lembrei-me desta história quando estranhei que a A3ES, sem que tenha publicado nem a grelha nem os critérios de avaliação das instituições de ensino superior, tenha divulgado que as que obtiverem "excelente" auferem de uma certa autonomia de decisão na gestão dos seus cursos e haverá outras que deveriam auto-fechar-se.
Pessoalmente, sou mesmo muito favorável a rankings porque, apesar de terem as suas vantagens e inconvenientes, são instrumentos de estimulo ao aperfeiçoamento dos elementos classificados.
Para mim, é mesmo um dado adquirido que, se a classificação das IES tiver por base um processo classificativo bem feito que utilize um número suficiente de indicadores (algumas 5 dezenas), terá que resultar em pouquíssimas instituições?, cursos? excelentes e péssimas, e o país só tem a ganhar em saber quem ou quais são.
O que não me parece nada bem é nem todas as instituições saberem, à prióri, a grelha dos critérios da sua avaliação.
Dizem alguns responsáveis pelas IES que os critérios são conhecidos e foram plasmados na lei** - com certeza não são, exclusivamente, os rácios de doutorados e, no caso dos politécnicos, nesta fase, os tais 'provisoriamente "especialistas"', nem serão só o número de publicações com arbitragem ou de patentes registadas, das quais não se sabe bem quais foram as mais valias financeiras ou outras, nem os projectos, estudos e relatórios, preferencialmente, encomendados (sem concurso público) só a algumas escolas.... Enfim, podemos continuar especular...
Então, cá para mim, deve haver por aí legislação incógnita ou, pelo menos, que só alguns conhecem... por isso, ou a A3ES identifica, publicamente, a grelha dos indicadores e os critérios ou a legislação aonde foram publicados.
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"Politicians, lawyers and some scientists tend to isolate clusters of diseases from their context, thereby giving the illusion of a causal connection between some environmental factor and the disease. What appears to be statistically significant (i.e., not due to chance) is actually expected by the laws of chance".
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"Politicians, lawyers and some scientists tend to isolate clusters of diseases from their context, thereby giving the illusion of a causal connection between some environmental factor and the disease. What appears to be statistically significant (i.e., not due to chance) is actually expected by the laws of chance".
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**ADITAMENTO :
Legislação sobre a avaliação da qualidade das Instituições de Ensino Superior:
- Regime jurídico da avaliação do ensino superior Lei n.º 38/2007, de 16 de Agosto,
- Regime jurídico das instituições de ensino superior (Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro),
- Decreto-Lei que define os graus académicos e diplomas (Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março) o Decreto-Lei que cria a Agência.
- European Standards and Guidelines (ESG).
2 Comentários:
Extracto de Entrevista do Presidente da A3ES – Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior à última Edição da Revista da Ordem dos Engenheiros - INGENIUM
“A Área Europeia do Ensino Superior, em minha opinião, vai evoluir para um sistema altamente estratificado, com um número limitado de universidades de investigação e um número enorme de instituições onde se fará o ensino massificado do primeiro e, eventualmente, do segundo ciclo, à semelhança dos college americanos...mas este é um problema que em devido tempo a Agência irá debater com as Ordens.”
Obrigada Anónimo - Sáb Jan 30, 08:04:00 AM 2010, este seu comentário é importante, no contexto deste «post».
Por acaso até concordo em género, número e grau com a metodologia genérica descrita pelo Presidente da A3ES, nessa revista.
O que já discordo é da calendarização seleccionada - primeiro penso que deveria ter definido, com quem entendesse, as grelhas e critérios e, depois, faria a avaliação, acreditação e seriação, em conformidade; recordo que a A3ES teve mais do que oportunidade, para a executar a primeira parte do seu trabalho.
No entanto, ao que sabemos, o processo de acreditação já se iniciou e, pelo que somos informados, pela revista que menciona, está então mesmo a trabalhar «sem rede», ou seja, «o devido tempo» já passou para as formações em engenharia(s).
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