Texas sharpshooter fallacy
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Ora bem, lembrei-me desta história quando estranhei que a A3ES, sem que tenha publicado nem a grelha nem os critérios de avaliação das instituições de ensino superior, tenha divulgado que as que obtiverem "excelente" auferem de uma certa autonomia de decisão na gestão dos seus cursos e haverá outras que deveriam auto-fechar-se.
Pessoalmente, sou mesmo muito favorável a rankings porque, apesar de terem as suas vantagens e inconvenientes, são instrumentos de estimulo ao aperfeiçoamento dos elementos classificados.
Para mim, é mesmo um dado adquirido que, se a classificação das IES tiver por base um processo classificativo bem feito que utilize um número suficiente de indicadores (algumas 5 dezenas), terá que resultar em pouquíssimas instituições?, cursos? excelentes e péssimas, e o país só tem a ganhar em saber quem ou quais são.
O que não me parece nada bem é nem todas as instituições saberem, à prióri, a grelha dos critérios da sua avaliação.
Dizem alguns responsáveis pelas IES que os critérios são conhecidos e foram plasmados na lei** - com certeza não são, exclusivamente, os rácios de doutorados e, no caso dos politécnicos, nesta fase, os tais 'provisoriamente "especialistas"', nem serão só o número de publicações com arbitragem ou de patentes registadas, das quais não se sabe bem quais foram as mais valias financeiras ou outras, nem os projectos, estudos e relatórios, preferencialmente, encomendados (sem concurso público) só a algumas escolas.... Enfim, podemos continuar especular...
Então, cá para mim, deve haver por aí legislação incógnita ou, pelo menos, que só alguns conhecem... por isso, ou a A3ES identifica, publicamente, a grelha dos indicadores e os critérios ou a legislação aonde foram publicados.
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"Politicians, lawyers and some scientists tend to isolate clusters of diseases from their context, thereby giving the illusion of a causal connection between some environmental factor and the disease. What appears to be statistically significant (i.e., not due to chance) is actually expected by the laws of chance".
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"Politicians, lawyers and some scientists tend to isolate clusters of diseases from their context, thereby giving the illusion of a causal connection between some environmental factor and the disease. What appears to be statistically significant (i.e., not due to chance) is actually expected by the laws of chance".
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**ADITAMENTO :
Legislação sobre a avaliação da qualidade das Instituições de Ensino Superior:
- Regime jurídico da avaliação do ensino superior Lei n.º 38/2007, de 16 de Agosto,
- Regime jurídico das instituições de ensino superior (Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro),
- Decreto-Lei que define os graus académicos e diplomas (Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março) o Decreto-Lei que cria a Agência.
- European Standards and Guidelines (ESG).
2 Comentários:
Extracto de Entrevista do Presidente da A3ES – Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior à última Edição da Revista da Ordem dos Engenheiros - INGENIUM
“A Área Europeia do Ensino Superior, em minha opinião, vai evoluir para um sistema altamente estratificado, com um número limitado de universidades de investigação e um número enorme de instituições onde se fará o ensino massificado do primeiro e, eventualmente, do segundo ciclo, à semelhança dos college americanos...mas este é um problema que em devido tempo a Agência irá debater com as Ordens.”
Obrigada Anónimo - Sáb Jan 30, 08:04:00 AM 2010, este seu comentário é importante, no contexto deste «post».
Por acaso até concordo em género, número e grau com a metodologia genérica descrita pelo Presidente da A3ES, nessa revista.
O que já discordo é da calendarização seleccionada - primeiro penso que deveria ter definido, com quem entendesse, as grelhas e critérios e, depois, faria a avaliação, acreditação e seriação, em conformidade; recordo que a A3ES teve mais do que oportunidade, para a executar a primeira parte do seu trabalho.
No entanto, ao que sabemos, o processo de acreditação já se iniciou e, pelo que somos informados, pela revista que menciona, está então mesmo a trabalhar «sem rede», ou seja, «o devido tempo» já passou para as formações em engenharia(s).
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