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Prometo a todos os meus caros e raros leitores que, brevemente. irei arranjar uma outra "vida" para este blog, para além da sua presente dedicação à carreira docente do politécnico. Nessa altura, não voltarei tão depressa a este assunto. Só irei dedicar, lá mais para a frente -- estou à espera de umas "cenas" deste capítulo -- um post dedicado aos "especialistas" do politécnico.
Por isso, meus amigos engulam lá só mais esta minha arenga sem prato e sem tempero ou, por favor, não reparem e passem à frente...
Para consumo próprio, estive uns dias (parte de vários serões) enfornada a fazer uma actualização do meu arquivo pessoal sobre a marca de água estrutural da docência do ensino politécnico, conforme esta era em 31 de Dezembro de 2008. Reparto convosco uma parcela dos meus "achados". Essa primeira tabela mostra a distribuição geral dos docentes pelos regimes dominantes de contratação. Atenção, porque a actual legislação sumiu com os encarregados de trabalho mas, como está bem de ver, esses (e os outros docentes de carreira todos) não interessam.
Para consumo próprio, estive uns dias (parte de vários serões) enfornada a fazer uma actualização do meu arquivo pessoal sobre a marca de água estrutural da docência do ensino politécnico, conforme esta era em 31 de Dezembro de 2008. Reparto convosco uma parcela dos meus "achados". Essa primeira tabela mostra a distribuição geral dos docentes pelos regimes dominantes de contratação. Atenção, porque a actual legislação sumiu com os encarregados de trabalho mas, como está bem de ver, esses (e os outros docentes de carreira todos) não interessam.
Entretanto, uma vez que a maior parte das questões sobre os concursos dos docentes deste subsistema é deixada ao livre arbítrio das instituições de ensino superior, tremo só de pensar no passatempo desta gente toda para os próximos anos (ainda não percebi bem quantos). Disse isto, a avaliar por algumas instituições de que ouvi falar que gastam muito mais de dois anos a moer um único concurso para professor adjunto, para tudo acabar em tribunal...mas, enfim, haverá outras instituições bem mais despachadinhas e expeditas...
Qualquer docente do subsistema (mesmo os que pensam ser quase iguais a catedráticos) irá, também, passar por concursos a que PODEM concorrer os professores coordenadores com agregação e, claro, com jeitinho e jogo de cintura, todos outros e de todos os os outros lados .... A tabela que se lhe segue mostra a totalidade dos actuais professores coordenadores e os seus regimes de contratação, e a seguinte os níveis máximos de
O que quis dizer, até agora, é que, desta forma, qualquer docente do politécnico passará, daqui em diante, uma boa parte da sua vida profissional na preparação das suas próprias provas e participando nas dos outros e, depois, em longas, animadas e inacabáveis tertúlias entre advogados e juristas.
Para quem quiser saber quantos doutorados há, e o que lhes faz o subsistema, segue-se uma tabelazinha, da sua distribuição pelos seus "privilegiadíssimos" regimes de contratação e o seu percentual em relação ao número total de docemtes.
De notar que, tanto quanto sei, melhor ou pior, a maioria dos docentes do politécnico, equiparados ou não, em algumas instituições, participou de concursos públicos formais e não "documentais". Mas, qual é a sua? O que é que isso tem?
Não interessa!
Se houve docentes equiparados que participaram de uns concursos, agora são experientes, participam de outros.
Claro que, na vez de se preocuparem com os alunos, a maioria dos docentes do politécnico lá terá que olhar, atentamente, para o próprio umbigo.
Pudera, acho que eu mesma não faria outra coisa e sou tão boazinha...
E os alunos? Os alunos de que aqui falamos não são do .......?
Então? que é que isso interessa? Que trabalhem mais, por si próprios... estamos ou não em Bolonha?
Vamos é promover MOBILIDADE!
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Será que aquela tecla lá de cima funciona? Refiro-me... em relação ao MCTES!
4 Comentários:
Não cabe aos contribuintes alimentar as ineficiências implícitas no facto de alguns Politécnicos levarem 2 anos para fazer um simples concurso documental.
Já se sabia que muitos docentes dos Politécnicos andavam lá a fazer cera, mas levar 2 anos para fazer algo tão simples, é agir dolosamente.
E se acabam em Tribunal com os concursos anulados é por falta de vergonha de pretenderem violar a lei de forma grosseira.
Contudo com a nova Lei essas mesmas instituições vão fazer esses mesmo concursos muito mais rapidamente. Vai uma aposta ?
Não a sabia tão preocupada com os alunos, ao ponto de achar que era melhor para eles, manter milhares de docentes contratados por convite e outras pérolas do género geradas pelo antigo Estatuto da Carreira, como a de haver uma maioria de Professores-Coordenadores que outra habilitação não tem que um Mestrado e outros somente habilitados com licenciatura.
Nota-se aí algum nervoso miudinho, por ver surgir uma nova carreira acima da sua. Que chatice ? Logo agora que as pessoas achavam que estavam no topo, ainda tem que subir mais um degrau e com o risco de poderem perder esse degrau para algum Agregado que venha de uma Universidade. De facto é muito injusto.
Pense positivo. Se subir esse degrau ficar a ganhar tanto como um Catedrático.
A mobilidade é de facto muito importante. A inércia do costume é que não nos leva a lado nenhum.
O Ensino Politécnico era até aqui, uma mistificação, como se costuma dizer, nem era carne nem era peixe.
Vamos a ver se agora "abrem a pestana" e começam a "dar corda aos sapatos".
É claro que ainda falta uma peça importante para pôr tudo a funcionar como deve ser e essa pequena peça chama-se reorganização da rede do Ensino Superior Politécnico
Viva «fernando», concordo consigo quando nos diz que falta a reorganização da rede de ensino superior.
Nunca percebi é porque é que não se começou logo por aí - talvez porque isso seria bem mais difícil do que remeter a maioria das resoluções para regulamentos internos de «orgãos estatutariamente competentes».
De resto, a meu ver,é mesmo o sortido de interpretações livres sobre o «politécnico» a causa remota da rede nunca ter sido, devidamente, organizada e diria até que «auto-disciplinada».
Reorganizar a rede geraria manifestações do genero a que assistimos com o fecho das maternidades.
os politicos não são super-heróis, fazem por isso aquilo que acham que conseguem a fazer.Se tentarem fazer muitas alterações á ordem estabelecida, acabam no olho da rua, exactamente como aconteceu com o Sr. Ministro da Saúde.
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