sexta-feira, junho 12, 2009

Convergências divergentes

Resulta sempre numa grande confusão e inviabilidade quando cada cor insiste que sozinha pode ser «O» BRANCO.

Sim, meus caros e raros leitores, têm razão, estou a referir-me ao facto de que, em acordo com a minha reduzida compreensão do fenómeno, "o branco" não passa de uma percepção individual do reflexo de um equilíbrio cromático - 3 diferentes gamas de comprimentos de onda.

Eu não compreendo o fenómeno mas, certamente, há quem o entenda muito claramente e use, descaradamente, o ego de cada uma das cores disponíveis para que cada uma delas pense que pode debitar qualquer coisa, porque será percebida como «branco» diante dos observadores-utilizadores, desde que seja utilizada de per si, em proporções e formulações a gosto individual por um qualquer «artista de mistura».

Gostaria muito que o país inteiro, embora mesmo que individualmente descolorido, pudesse aperceber-se do difícil equilíbrio cromático que é necessário conferir às contribuições de cada um dos agentes que poderá negociar, em seu nome -- com maior ou menor direito ESTATUTÁRIO* -- os estatutos de carreira do ensino superior que o devem servir nas próximas décadas.

Sendo assim, o que agora como cidadã me resta é aguardar que, definitivamente, cada um dos «negociantes» compreenda a necessidade de estar a par das participações e contribuições de todos os outros agentes no «blend», para que o resultado final seja, de facto, o mais «branco» possível aos olhos dos utilizadores, apesar de todos já conhecermos as complexidades e sinuosidades do ego do «artista».

Quer-se dizer o que, na minha perspectiva, haverá que EXIGIR é apenas a aprovação por todos os intervenientes de uma metodologia de NEGOCIAÇÃO/APROVAÇÃO CONJUNTA.
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* Estive à procura dos estatutos do CCISP na internet e não os achei. Terei procurado mal?

3 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Se não houver aprovação dos sindicatos (leia-se acordo), nomeadamente por parte da Fenprof e do Snesup - a FNE não conta, pois que são uma cambada de oportunistas e não representam ninguém; os outros sim, representam nove mil associados), se não houver acordo, escrevia eu, crê a colega que há legitimidade para os estatutos serem aprovados ou, pelo contrário, se fosse ministra (vADE RETRO!), pensaria 2 vezes talvez no sentido de inverter a sua posição? Aquilo que lhe pergunto, mais concretamente, é o seguinte: até que ponto é importante, para o ministro, a obtenção de acordos, nesta matéria estatutária, com a Fenprof e o Snesup? Obrigado e os melhores cumprimentos.

sexta jun. 12, 06:24:00 da tarde 2009  
Blogger Regina Nabais disse...

Senhor(a) Anónimo(a), vou clarificar previamente alguns aspectos:
1º - Considero que TODOS têm direito à sua opinião.
2º - Escrevo neste MEU blog, o que EU penso, como cidadã, que paga impostos; não me identifico como colega ou partidária de NINGUÉM, mas bastante menos me identifico quando são anónimo(a)s.
3º - Respondo, por principio, a TODAS as perguntas que me são feitas, por quem quer que seja, desde que as entenda, como tal.

RESPONDENDO ESPECIFICAMENTE À QUESTÃO:

Penso que sim, que este senhor Ministro, particularmente,dá bastante importância a fazer, exclusivamente, o que muito bem entende, sem se esquecer de afirmar em simultâneo, que "pondera" as propostas de tudo e de todos.
Veja aqui [1] a redacção da Primeira Proposta de EStatutos:
Estatutos das Carreiras Docentes do Ensino Universitário e do Ensino Politécnico. MCTES, 12.05.2009.

"Ponderadas as propostas apresentadas, em sede de negociação, pelas associações sindicais, de alteração dos projectos de decreto-lei que visam proceder à revisão dos Estatutos das carreiras docentes do ensino superior universitário e do ensino superior politécnico, e ainda todos os contributos recebidos, designadamente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos;
Analisadas as informações fornecidas pela Direcção-Geral do Ensino Superior e pelas próprias instituições acerca da estrutura e qualificação dos seus corpos
docentes;"
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Deve ter ouvido esta gente toda em tabuleiros separados, para baralhar o esquema e CONSEGUIU!
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Não lhe irá ser nada fácil admitir que publica os estatutos de carreira, que vigorarão nas próximas décadas, ao arrepio do acordo dos agentes de negociação, em especial, daqueles que representam a classe profissional.

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[1]
http://www.mctes.pt/archive/doc/Proposta_Revisao_ECD.pdf]

sexta jun. 12, 08:03:00 da tarde 2009  
Anonymous Anónimo disse...

Por lapso não me identifiquei, mas confesso até que o pensava ter feito. O meu nome é Miguel Gonçalves e sou docente no ISCAC. Obrigado pela resposta. Cumprimentos académicos

sexta jun. 12, 09:23:00 da tarde 2009  

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