quinta-feira, abril 30, 2009

MOÇÃO

Venho pedir aos meus caros e raros leitores um pouco de compreensão para as minhas incongruências.

Não sou sindicalizada por motivos diversos que não vêm ao caso, também porque estas organizações nem sempre adoptam posturas reivindicativas, com que me possa identificar e, principalmente, porque só gosto de começar a pensar as soluções, se forem lógicas e abrangentes para a resolução integrada dos problemas que me afligem - quero dizer, o que os Estatutos de Carreira do Ensino Superior nos dizem hoje, estava implícito, desde o principio, em todos os diplomas legais que foram sendo sucessivamente publicados para este nível de ensino, sem que eu me tenha apercebido de interesse genuíno em discutir-se seriamente toda a problemática.
No entanto, subscrevi já esta moção da FENPROF:
_________________
[POR FAVOR]
"ASSINE A MOÇÃO E DIVULGUE-A!
http://www.fenprof.pt/AbaixoAssinado/ECPDESP/"
_________________

Neste caso específico, também subscrevi a moção, porque discordo muito mais com tudo (de alto a baixo) o que aconteceu, está a acontecer e continuará a acontecer, com o subsistema politécnico, do que discordo com qualquer sindicato... e, para vos falar a verdade, nesta altura dos acontecimentos, eu também não saberia muito bem, por onde começar uma intervenção, que pudesse surtir algum efeito útil, por isso, fica a divulgação e a intenção solidária com todas as pessoas potencialmente prejudicadas.

3 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Não concordo nada com o teor da moção. Acho que os Sindicatos são muito modestos a pedir. Assim não vamos lá. A moção deverá ter a seguinte redacção.

1º Os Professores-Cordenadores do Ensino Superior Politécnico, passam imediatamente a vencer pela categoria de Professor-Catedrático. Aqueles que tiverem um blog tem direito a um bónus de 20%.

2º Os Professores-Adjuntos do Ensino Superior Politécnico, passam imediatamente a vencer pela categoria de Professor-Associado com Agregação, independentemente do grau académico que possuam.

3º A taxa de IRS dos docentes do Ensino Superior Politécnico será de 5%, durante os próximos 40 anos. A partir dessa altura será reduzida para 3%.

4º O Governo torna imediatamente efectivos todos os docentes do Ensino Superior Politécnico, que estejam contratados como Equiparados ou que tenham estado nessa condição nos últimos 10 anos e que o requeiram no prazo de 100 dias úteis.

5º A docência de 1 ano no Ensino Superior Politécnico, conta como 3 anos para efeitos de aposentação dos Professores-Coordenadores e de 2 anos no caso dos Professores-Adjuntos.

6º Os docentes do Ensino Superior Politécnico tem direito a 60 dias de férias no caso de serem Professores-Coordenadores e a 40 dias no caso de serem Professores-Adjuntos.

7º Os docentes do Ensino Superior Politécnico podem investigar aquilo que lhes der na telha.

8º Os docentes do Ensino Superior Politécnico podem optar por investigar ou por não investigar. Se optarem por investigar alguma coisinha, recebem desde logo um acrécimo de 30% do vencimento, que será elevado a 50% se a investigação for levada a cabo em circunstâncias de especial dificuldade. Entendem-se como circunstâncias de especial dificuldade, os dias frios ou os dias com muito calor.

9º Quando falecer um docente do Ensino Superior Politécnico, aquele terá direito a um funeral com honras militares. Se for um Professor-Coordenador, a instituição pode autorizar tolerância de ponto aos restantes docentes no máximo de 3 dias.

10º Os descendentes de um docente do Ensino Superior Politécnico, terão direito de preferência sobre qualquer outro cidadão, nas seguintes situações :

a) no ingresso no Ensino Superior

b)no ingresso como trabalhador na Função pública

c)no ingresso como docentes no Ensino Superior

d) em caso de igualdade de pontuação com um cidadão deficiente, o direito de preferência prevalece.

quinta abr. 30, 10:21:00 da tarde 2009  
Blogger Pacheco-Torgal disse...

Acho que esta Moção se limita a servir como reflexo do desespero de alguma pessoas, que erradamente pensaram que o Ensino Superior tinha as mesmas funções do Ensino Secundário, esgotando-se num mero exercicio de docência e esporádicamente num arremedo de investigação e também que a função do Estado seria dar emprego a toda a gente para toda a vida.

Não deixa por isso de ser patético, ver pessoas que deviam ter previsto que isto iria acontecer mais tarde ou mais cedo, tentar manter um infeliz "status quo" onde viceja a modorra do amiguismo, da incompetência e do compadrio.

Os actuais concursos para a carreira docente do Ensino Superior, são tão somente uma pouca vergonha instituida com o único propósito de fomentar o "inbreeding".

Em que outro país podemos encontrar recém-licenciados com o cargo de Professor-Adjunto senão em Portugal ???? Em que outro país se passa automaticamente de Assistente a Professor Auxiliar ????? Em que outro país temos Professores Associados, sem único artigo publicado numa Revista ISI ??????

Aliás, o simples facto de tanta gente achar que tem condições para ser Docente do Ensino Superior, mais não significa que uma notória falta de exigência deste ramo de Ensino.

Se a reforma que o actual Governo pretende levar a cabo no Ensino Superior peca, é por ser pouco ousada e por ainda manter muito do actual estatuto da carreira docente.

Na minha opinião, com excepção dos lugares de Professor Catedrático e de Coordenador, todos os outros seriam de concurso por triénio e quem não cumprisse determinados parametros minimos estabelecidos em função de boas práticas internacionais, nem sequer seria admitido a esses concursos.

sexta mai. 01, 01:36:00 da tarde 2009  
Blogger Regina Nabais disse...

Fernando, se me permite, subscrevo QUASE tudo o que nos disse; para mim, todos os docentes do ensino superior sem excepção, deveriam ter uma contratação, limitada no tempo, cuja manutenção-prorrogação seria sujeita, pelo menos, às seguintes condições: funções e meios de execução adquados a objectivos bem diferenciados, por subsistema, submetidos a avaliações independentes, com base em indicadores pré-definidos.
Talvez não devamos esquecer que a legislação anteriormente aprovada não diferenciou bem o enquadramento dos dois subsistemas - o que torna toda a sua sequência numa trapalhada. E, da forma como está, irá resultar em pessoas muito prejudicadas, mas injustamente. Por exemplo, conheço vários jovens docentes do politécnico que, sem dispensa de docência, leccionam diversas matérias - 6 e mais Unidades Curriculares em cada ano, a centenas de alunos, acompanham, em simultâneo 10 e mais trabalhos de estágio de fim-de curso em empresas, enquanto fazem os seus trabalhos de investigação, a nível de doutoramentos, em Universidades fora dos seus distritos de trabalho
e de residência, aonde pagam propinas do seu bolso.

Porque sei que tudo isto também existe, e se vai perpetuar, sem qualquer horizonte compensatório, é que não subscrevo tudo o que nos falou.

sexta mai. 01, 04:16:00 da tarde 2009  

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