Borrões de Rorschach
Este blog sempre teve a companhia de caros e raros leitores mas, actualmente, o que por aqui mais rareia são publicações.
Preguiça? Também!
Mas, tentem lá perceber-me, porque eu não estou a conseguir alinhar ideias que se escrevam, quanto mais que se leiam....
É assim:
Por muito que me tente focar nas diversas vertentes do ambiente político nacional, de qualquer ângulo que as observe, obtenho várias interpretações que deixam o psicodiagnóstico de Rorschach no limiar da mais absoluta objectividade.
Só um exemplo:
Vejam-se as condições de gestão das instituições de Educação Superior:
- uma larga maioria dos gestores de topo de universidades/politécnicos estrebucha porque atingiu ou ultrapassou a bancarrota institucional. E, apesar das contas institucionais serem secretas, são «abençoadas» pelo Tribunal de Contas, desta forma, não podem ser maus gestores.
- uma outra parcelita desta gente, nem tuge nem muge, mas deixa insensivelmente dezenas de alunos de algumas áreas/cursos sem aulas com base em trapalhadas de procedimentos burocráticos inacreditáveis e inéditos - que assentam em indisponibilidades orçamentais para contratação de docentes - enquanto detêm e rebentam pelas costuras excessos de docentes em outras áreas com reduzido número de alunos e até sem eles. Vão ver que ainda acabam por declarar que nem deram por isso..., aliás, nem sabiam de nada..., mas «as culpas são do auxiliar administrativo que se enganou nos horários» ou o que quer que os valha.
- outra parcelita desses gestores, está a pensar prolongar a consoada institucional para antes e para depois da data aprazada, com a finalidade de viabilizar escambos de água e de electricidade, por 13ºs meses.
- enquanto isto, hoje publicou-se um extracto do Orcamento de Estado para 2009, do Ministério da Ciência e Ensino Superior, apresentado à Assembleia da República há um par de dias atrás (12 de Novembro, 2008).
,
Se forçarmos o paralelismo entre as nossas diversas interpretações pessoais dessa mão-cheia de observações com o teste das placas de Rorschach - que pode ser efectuado aproveitando a vossa visão de uma imagem como a que aqui lhes deixo - digam-me lá o que é que os meus amigos aí vêem?
Ah! Isso?... Eu não!
Eu, só consigo ver péssimos desempenhos de gestão...
Apre, que até estou a dar razão a um Ministro que, quanto à expressão de qualidades de gestor, bom,... diria que deixa um bocadito a desejar, ....
Por isso, meus amigos, enquanto tudo se mantiver neste pé, não sei o que lhes diga, mas vou pensar nisso... Ai, ai, mas eu gasto tanto tempo para pensar qualquer coisinha. Tenho que gerir muito melhor o meu pensamento!
Preguiça? Também!
Mas, tentem lá perceber-me, porque eu não estou a conseguir alinhar ideias que se escrevam, quanto mais que se leiam....
É assim:
Por muito que me tente focar nas diversas vertentes do ambiente político nacional, de qualquer ângulo que as observe, obtenho várias interpretações que deixam o psicodiagnóstico de Rorschach no limiar da mais absoluta objectividade.
Só um exemplo:
Vejam-se as condições de gestão das instituições de Educação Superior:
- uma larga maioria dos gestores de topo de universidades/politécnicos estrebucha porque atingiu ou ultrapassou a bancarrota institucional. E, apesar das contas institucionais serem secretas, são «abençoadas» pelo Tribunal de Contas, desta forma, não podem ser maus gestores.
- uma outra parcelita desta gente, nem tuge nem muge, mas deixa insensivelmente dezenas de alunos de algumas áreas/cursos sem aulas com base em trapalhadas de procedimentos burocráticos inacreditáveis e inéditos - que assentam em indisponibilidades orçamentais para contratação de docentes - enquanto detêm e rebentam pelas costuras excessos de docentes em outras áreas com reduzido número de alunos e até sem eles. Vão ver que ainda acabam por declarar que nem deram por isso..., aliás, nem sabiam de nada..., mas «as culpas são do auxiliar administrativo que se enganou nos horários» ou o que quer que os valha.
- outra parcelita desses gestores, está a pensar prolongar a consoada institucional para antes e para depois da data aprazada, com a finalidade de viabilizar escambos de água e de electricidade, por 13ºs meses.
- enquanto isto, hoje publicou-se um extracto do Orcamento de Estado para 2009, do Ministério da Ciência e Ensino Superior, apresentado à Assembleia da República há um par de dias atrás (12 de Novembro, 2008).
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Se forçarmos o paralelismo entre as nossas diversas interpretações pessoais dessa mão-cheia de observações com o teste das placas de Rorschach - que pode ser efectuado aproveitando a vossa visão de uma imagem como a que aqui lhes deixo - digam-me lá o que é que os meus amigos aí vêem?
Ah! Isso?... Eu não!
Eu, só consigo ver péssimos desempenhos de gestão...
Apre, que até estou a dar razão a um Ministro que, quanto à expressão de qualidades de gestor, bom,... diria que deixa um bocadito a desejar, ....
Por isso, meus amigos, enquanto tudo se mantiver neste pé, não sei o que lhes diga, mas vou pensar nisso... Ai, ai, mas eu gasto tanto tempo para pensar qualquer coisinha. Tenho que gerir muito melhor o meu pensamento!
1 Comentários:
Cara Regina
Muito interessante esta sa avaliação sobre a gestão das Universidades. A menos original é com certeza a ordem (sim porque é disso que se trata) da Universidade do Minho: apaguem as luzes e vão para casa durante o período Natalício. Assim já podem comer o perú descansados...
Ora se formos ver, já se estava a ver que o Estado iria garantir o 13º mês e nem todos os reitores foram tão drásticos. Assim, ficaram á espera do reforço que acabou por vir (os da Madeira já a sabem toda porque é assim que age o Jardim). A inspiração deve ter vindo da Auto Europa...os funcionários agradecem, o Governo agradece poupando uns milhares, ...quem não gosta de umas férias alargadas? Foi uma jogada de mestre! Mas e os alunos? Onde estudam para as frequências de Janeiro e os exames de Fevereiro? Onde tiram dúvidas? E os docentes de Ciências e Engenharia que têm projectos de I&D em curso nos seus laboratórios?
Isso será de somenos importância ou como diz o(a) outro(a): isso agora não interessa para nada!
Um abraço
Jaime
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