segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Coitadinhos....






Segue-se um fractal Diferente, mas

MUITO FRACTAL - Título: "Se não me engano":
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Ministro da Educação e Investigação Científica, Mário Sottomayor Cardia, 1976-1978;

Ministros da Educação e Cultura, Mário Sottomayor Cardia e Carlos Lloyd Braga, 1978;

Ministro de Educação e Investigação Científica, Luís Valente de Oliveira, 1978-1979; Luís Veiga da Cunha, 1979-1980; Vítor Pereira Crespo, 1980-1981;

Ministro da Educação e Ciência, Vitor Pereira Crespo, 1981;

Ministro da Cultura e Coordenação Científica, Francisco Lucas Pires, 1981-1983;

Ministro da Educação e das Universidades, João Fraústo da Silva, 1981-1983; João de Deus Pinheiro, 1983-1985; João de Deus Pinheiro; 1985-1987, Roberto Carneiro 1987-1991;
Manuela Ferreira Leite, 1991-1995;

Ministro da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago, 1995-1999;

Ministro da Educação, Eduardo Marçal Grilo, 1995-1999 (Que subscreu a Declaração de Bolonha); Júlio Pedrosa, 1999-2002;

Ministro da Ciência e da Tecnologia, Mariano Gago, 1999-2002;

Ministra da Ciência e do Ensino Superior, Maria da Graça Carvalho, 2002-2004 e 2004-2005;

Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, 2005- até....; um reincidente!
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A maioria dos spots em blogs, mas certamente neste, expressam apenas reflexões de natureza pessoal, usualmente construídas, com base em vivências dos próprios autores.
Este spot é um exemplo que ilustra o que acabo de dizer, por isso desculpem-me as reminiscências, mas é assim:
Um colega meu, ligeiramente menos novo e muito, muitíssimo mais experiente, hoje já aposentado (Professor Marques Pinto, brilhante microbiologista), quando lhe aparecíamos à frente, infinitamente culpados e deprimidos e, na prática, implorando misericórdia (por não termos completado um qualquer trabalho dentro dos prazos pré negociados e acordados entre todos) e com um ar de vítimas terminais, alegando fortíssima gripe, dizia-nos sempre, e com um semblante extremamente piedoso: Ah! Compreendo e sou totalmente solidário! Coitadinhos!...….. dos vírus!.

Parece que isto não vem a propósito do tema do blog – Educação Terciária, Ciência e Tecnologia, mas se repararmos bem, pode até ser que sim, e passo a explicar:

Pelo Artigo 73º da nossa constituição, o Governo assume obrigações nos domínios da Educação Cultura e Ciência.

Todos sabemos que os diplomas legais, referentes às Políticas Oficiais de Educação, em Portugal, são sempre documentos muito vagos, no que dizem respeito a focus muito importantes: Quais são os Objectivos Nacionais? Que propostas/medidas devem ser implementadas? Quem assume a responsabilidade e as consequências? Sob que condições podem ser implementadas com sucesso as políticas previstas?

Na ausência de instrumentos legais de referência que, efectivamente, disciplinem com precisão, as referidas políticas, o Governo Português do Sector, e em abstracto, ao longo das últimas décadas nada mais têm feito (melhor, podido fazer) se não emitir declarações que apenas expressam os sonhos e as esperanças pessoais, dos nossos lugar-tenentes do momento (digo do instante!).
Poderemos excluir dos actuais resultados das políticas educativas, todos aqueles que amparam os Governos e ou os ministros nas decisões do momento? As instituições, autarquias e sociedade em geral são alheias, ao estado da arte a que chegámos? E nós, mesmos?
Neste contexto, as políticas das instituições de ensino superior, cá à nossa moda, dotadas de grande autonomia, podem ser avaliadas sob diferentes ângulos, de que são exemplos:
A estratégia da instituição é exclusivamente baseada no desenvolvimento do conhecimento ou na ultrapassagem de constrangimentos ao desenvolvimento que nós queremos? A estratégia da instituição é alicerçada em princípios, é de geração expontânea ou faz a vontade a quem mais grita? Os objectivos que traçou são aceitáveis e exequíveis? Quem participou no traçado das linhas de desenvolvimento? Os meios que estão ao seu dispor são razoáveis e os necessários para alcançar os objectivos que se propõe? Existem indicadores para monitorizar os custos e contrastar os progressos institucionais? Etc., etc.
Foi assim, pensando nestas questões todas, e só com dúvidas, que justo eu - que só sou boazinha nos meus piores pesadelos - hoje amanheci numa de paz e de auto crítica!
Coitadinhos, de facto! Mas, de quem?
De cada um de Nós? De Nós todos? ou.....
dos Ministros que nos tutelam?

2 Comentários:

Blogger JVC disse...

Este post é muito provocador. Claro que apoio inteiramente a necessidade de resposta às interrogações formuladas: "Quais são os Objectivos Nacionais? Que propostas/medidas devem ser implementadas? Quem assume a responsabilidade e as consequências? Sob que condições podem ser implementadas com sucesso as políticas previstas."

Creio que isto se pôe a dois níveis. Começo pelo institucional, tanto quanto as competências permitem. Vou falar de reitores e fazer inimigos, mas isto até me diverte. já tivémos excelentes reitores. Para mim, destacadamente, Sérgio Machado dos Santos e, com perfil mais baixo, Júlio Pedrosa. Também Alberto Amaral. Com acção mais limitada, por dificuldades da universidade, Jorge Araújo,

Quanto a ministros, IMHO, destaco dois. Começo por Júlio Pedrosa. Não teve tempo de mostrar o que vale. O outro foi Marçal Grilo, embora abafado, quanto à ES, pelo peso dos outros níveis de ensino. Mas ao menos, em relação à ES, não recordo uma única sua asneira. E teve a coragem de aceitar a ES (quando o convidado para um MCTES era outro, adivinhem) no momento de afrontamento com os estudantes na guerra das propinas.

Quanto a Mariano Gago, tudo me confirma a opinião que já exprimi claramente, segundo o princípio de Peter: um óptimo ministro da Ciência está a ser um medíocre ministro da ES.

PS - isto é um pouco como as caricaturas de Maomé. No meu site tenho de me comedir, pela multiplicidade de sensdibilidades dos meus leitores. Mas aqui, enquanto a RN ppermitir, vou publicando algumas coisas iconoclásticas.

terça fev. 07, 05:15:00 da tarde 2006  
Blogger Regina Nabais disse...

O JVC é um residente "do beco", isto quer dizer que "é cá da casa", assim está isento de permissões.

A casa é inteiramente co-sua!

terça fev. 07, 05:43:00 da tarde 2006  

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