..lá que podia estar bem pior.... isso podia!
Hoje (ontem), foi um dia interessante de notícias para a Educação Superior - mas que não estando nem remotamente relacionadas com o MIT, não constam das novidades ou destaques do site MCTES, que pula as suas informações de 19 para 24 de Junho, numa única penada
Assim:
1- Por intermédio da atentíssima Revista de Imprensa de MJMATOS do Blog Que Universidade? ficámos a saber que "Mariano Gago defende que universidades devem discutir currículos com o mercado de trabalho", por um artigo subscrito no Público por Barbara Wong.
Mais interessante ainda, é sabermos que essa frase foi proferida na sessão de abertura de um evento que eu diria ter ocorrido na clandestinidade, não fosse tratar-se de uma organização, no dia de ontem, 23 de Junho de 2008, pelo Conselho Nacional de Educação - Seminário "O Processo de Bolonha e os seus Desenvolvimentos", e dos perfis pessoais da larguíssima maioria dos intervenientes, até ver, serem quase insuspeitos.
Gostei, particularmente, das afirmações arrojadíssimas, sobre a concepção pessoal sobre o financiamento das universidades públicas, atribuídas a sua Excelência o Senhor ex-Ministro Marçal Grilo - presentemente, no bom recato de uma trincheira, com perto de 9 anos passados da sua assinatura da Declaração de Bolonha que, no seu tempo, manteve cuidadosamente como "um assunto classificado" enquanto ele mesmo o mandava cozinhar "medium rare" a Pedro Lourtie, mas em lume brandíssimo.
Lembram-se, os meus caros e raros leitores disso e deles?
Vejam só que até eu, com a péssima memória que nem tenho, me lembro bem das partes-gagas da época, mas o referido senhor ex-ministro esqueceu-se do seu papel de embrulho-embrulhador em todo esse processo, e agora só lhe faltou dizer: ah! não fora euzinho.... bem, se calhar, até disse!
2 - Outra notícia interessante foi subscrita por Madalena Queirós no Diário Económico, também de 23 de Junho de 2008 - sobre a criação de cursos nas universidades e politécnicos - pp. 40, 41 e 48. É interessante porque revela preto no branco que - apesar de, há mais de um ano, os critérios legais e procedimentos de criação de cursos, deverem ser idênticos para qualquer subsistema, como é de bom tom nacional, as Universidades continuam a fazer tudo o que lhes apetece, e os Politécnicos? Estes também. Só que as primeiras fazem o que lhes apetece em passo acelerado, e os segundos apenas depois de uma demorada e prolongadíssima bênção da Direcção Geral de Ensino Superior, e após esta "ouvir" uma Comissão de Especialistas (esta constituída por Incógnitos e que leva bastante tempo para fazer o que quer que faça...e que ainda não percebi bem o que seja, mas lá que levam teeeeeeeeeempos e teeeeeeeeempos, isso levam - para cima de muitos meios anos - ainda bem que a referida comissão é de especialistas... UFA!...já imaginaram o que não seria se não fossem?).
Enfim, por isso é que digo que tudo poderia estar bem pior, ... lá isso, podia!
Podia a tal Agência de Acreditação, não ter ainda nem os curadores....
e agora já para lá estão há um mês e....e.... nada.
Vai ver, são também especialistas...
E, em Portugal, quem não é?
Assim:
1- Por intermédio da atentíssima Revista de Imprensa de MJMATOS do Blog Que Universidade? ficámos a saber que "Mariano Gago defende que universidades devem discutir currículos com o mercado de trabalho", por um artigo subscrito no Público por Barbara Wong.
Mais interessante ainda, é sabermos que essa frase foi proferida na sessão de abertura de um evento que eu diria ter ocorrido na clandestinidade, não fosse tratar-se de uma organização, no dia de ontem, 23 de Junho de 2008, pelo Conselho Nacional de Educação - Seminário "O Processo de Bolonha e os seus Desenvolvimentos", e dos perfis pessoais da larguíssima maioria dos intervenientes, até ver, serem quase insuspeitos.
Gostei, particularmente, das afirmações arrojadíssimas, sobre a concepção pessoal sobre o financiamento das universidades públicas, atribuídas a sua Excelência o Senhor ex-Ministro Marçal Grilo - presentemente, no bom recato de uma trincheira, com perto de 9 anos passados da sua assinatura da Declaração de Bolonha que, no seu tempo, manteve cuidadosamente como "um assunto classificado" enquanto ele mesmo o mandava cozinhar "medium rare" a Pedro Lourtie, mas em lume brandíssimo.
Lembram-se, os meus caros e raros leitores disso e deles?
Vejam só que até eu, com a péssima memória que nem tenho, me lembro bem das partes-gagas da época, mas o referido senhor ex-ministro esqueceu-se do seu papel de embrulho-embrulhador em todo esse processo, e agora só lhe faltou dizer: ah! não fora euzinho.... bem, se calhar, até disse!
2 - Outra notícia interessante foi subscrita por Madalena Queirós no Diário Económico, também de 23 de Junho de 2008 - sobre a criação de cursos nas universidades e politécnicos - pp. 40, 41 e 48. É interessante porque revela preto no branco que - apesar de, há mais de um ano, os critérios legais e procedimentos de criação de cursos, deverem ser idênticos para qualquer subsistema, como é de bom tom nacional, as Universidades continuam a fazer tudo o que lhes apetece, e os Politécnicos? Estes também. Só que as primeiras fazem o que lhes apetece em passo acelerado, e os segundos apenas depois de uma demorada e prolongadíssima bênção da Direcção Geral de Ensino Superior, e após esta "ouvir" uma Comissão de Especialistas (esta constituída por Incógnitos e que leva bastante tempo para fazer o que quer que faça...e que ainda não percebi bem o que seja, mas lá que levam teeeeeeeeeempos e teeeeeeeeempos, isso levam - para cima de muitos meios anos - ainda bem que a referida comissão é de especialistas... UFA!...já imaginaram o que não seria se não fossem?).
Enfim, por isso é que digo que tudo poderia estar bem pior, ... lá isso, podia!
Podia a tal Agência de Acreditação, não ter ainda nem os curadores....
e agora já para lá estão há um mês e....e.... nada.
Vai ver, são também especialistas...
E, em Portugal, quem não é?
2 Comentários:
Um dos maiores mistérios do Governo actual é precisamente saber o que o levou a aprovar todos os cursos possíveis e imaginários e só depois desencadear a sua avaliação... Não havia necessidade!
Viva Vasco,
Não tinha visto bem o problema com esta sua perspectiva mas, não há dúvida, parece que tem toda a razão.
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