No prato de ovos e bacon, somos a galinha ou o porco?
FONTE DA IMAGEM
Romilly Jardine's photos
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Ontem, estava eu salivando, diante de uma irresistível bomba calórica, daquelas lotadinhas do "péssimo" colesterol - um prato de ovos e bacon, deliciosamente, fritos na manteiga - e uma pessoa minha conhecida perguntou-me: "Olha lá, tu aqui - nas circunstâncias desta maravilha de comida - serias o quê? O porco ou a galinha?"
Para falar a verdade, duvidei da interpretação que deveria dar à pergunta e, de chofre, menos ainda me apetecia ser qualquer um deles, mas estoicamente respondi, escondendo, simultaneamente, a gula e o choque resultante da potencial e hipotética ofensa pessoal, com um mal disfarçado sorriso amarelo - bom... talvez eu pudesse ser a galinha, não?...
Como sempre, cada vez que tenho 50% de hipóteses de acertar, é 100% certo que selecciono a asneira, como os meus caros e raros leitores, hoje e aqui, testemunharão.
Para falar a verdade, duvidei da interpretação que deveria dar à pergunta e, de chofre, menos ainda me apetecia ser qualquer um deles, mas estoicamente respondi, escondendo, simultaneamente, a gula e o choque resultante da potencial e hipotética ofensa pessoal, com um mal disfarçado sorriso amarelo - bom... talvez eu pudesse ser a galinha, não?...
Como sempre, cada vez que tenho 50% de hipóteses de acertar, é 100% certo que selecciono a asneira, como os meus caros e raros leitores, hoje e aqui, testemunharão.
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Vem a descrição desta passagem constrangedora, a propósito do facto de, hoje, percorrer, ao de leve, a blogosfera, e encontrar em diversos blogs e também em jornais online, a referência a diversos textos, sobre o (des)emprego de licenciados, de que cito só alguns exemplos:
1 - Três publicitações muito vagas sobre o emprego de licenciados, na Edição Impressa do Diário Económico online - em dois dos quais o acesso ao documento completo é condicionado, e que aproveitei para só ler as "headlines" gratuitas:
"Conheça os cursos com emprego garantido;
Ministro garante que próximo relatório já vai separar as escolas;
O retrato do desempregado licenciado num estudo inédito".
2 - Dois textos deveras interessantes, subscritos por Virgílio A. P. Machado, que encontrei no Blog de Campus, um dos quais (o primeiro) muito simples, mas bem fundamentado, facilitando a compreensão dos assuntos: "Com a verdade me enganas" e "Arranja-me um emprego".
Vem a descrição desta passagem constrangedora, a propósito do facto de, hoje, percorrer, ao de leve, a blogosfera, e encontrar em diversos blogs e também em jornais online, a referência a diversos textos, sobre o (des)emprego de licenciados, de que cito só alguns exemplos:
1 - Três publicitações muito vagas sobre o emprego de licenciados, na Edição Impressa do Diário Económico online - em dois dos quais o acesso ao documento completo é condicionado, e que aproveitei para só ler as "headlines" gratuitas:
"Conheça os cursos com emprego garantido;
Ministro garante que próximo relatório já vai separar as escolas;
O retrato do desempregado licenciado num estudo inédito".
2 - Dois textos deveras interessantes, subscritos por Virgílio A. P. Machado, que encontrei no Blog de Campus, um dos quais (o primeiro) muito simples, mas bem fundamentado, facilitando a compreensão dos assuntos: "Com a verdade me enganas" e "Arranja-me um emprego".
Deste último texto ficou-me zunindo no miolo, a seguinte frase: "A ligação acima (V.A.P. Machado referia-se a um documento do SIMPLEX'07, permitindo como é seu hábito salutar, aos leitores a confirmação das suas afirmações, através da consulta de documentos originais), destina-se a qualquer pessoa mais incrédula que queira confirmar, com os seus próprios olhos, que o texto citado é mesmo assim, sic, ipsis verbis, sem tirar nem pôr". Porque será que nem todos - e são, entre nós aos milhares, com níveis diferenciados de responsabilização - os que discorrem, publicamente, sobre assuntos de interesse colectivo não seguem esta boa (boníssima e elementar) prática? Dizem-nos qualquer coisa dogmática do alto do seu elevado e selectivo conhecimento, e esperam que façamos dos seus saberes e dizeres, os nossos verdadeiros actos de fé.
Contei-lhes isto porque - face ao que nos descreveu V.A.P. Machado - considerei ser super enigmático (no caso presente, não deveria eu escrever "inimigático"?) o subtítulo do texto Ministro garante que próximo relatório já vai separar as escolas: "Estudo de 2008 já vai mostrar a evolução da oferta de emprego e terá o nível de desemprego por curso actualizado automaticamente, garante Mariano Gago".
Querem os meus caros e raros leitores apostar comigo em como, seguramente, iremos ler, lá para 2008, excertos devidamente orientados, de mais um relatório, daqueles "estrategicamente" encomendado, efectuado com base em:
1 - excelentes compilações e sínteses estatísticas, sempre disponibilizadas online, e executadas pelos colaboradores do GPEARI, na página: "A procura de emprego dos diplomados desempregados com habilitação superior", que encontram, com mais pormenor aqui e aqui; e
2 - com as informações, produzidas pelas escolas, sabe Deus como, se souber..., e que serão arquivadas para consultas, numa plataforma do SIMPLEX'07.
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Depois disto, explico o contexto da minha descrição do prato de ovos e bacon: é que o meu companheiro do almoço detectou a minha atrapalhação, e explicou-me: "Num prato de ovos e bacon, a galinha é só envolvida no processo, enquanto que o porco se empenha pessoalmente...não achas?".
Que pena que, em quase todas as questões mais sérias, relacionadas com a educação superior, ciência e tecnologia portuguesas, a maioria dos interessados não tem sequer opção, só pode ser mesmo a galinha, nem que gostasse muito de se empenhar na estratégia e nas soluções, exclusivamente, após compreender a extensão da problemática,.... mas terá que contentar-se com os dogmas.
2 Comentários:
Estava eu a recuperar do choque tecnológico que é «empenhar-me pessoalmente» a escrever para o «Blog de Campus» sobre as charlas do MCTES, quando, ao visitar a blogosfera na minha vizinhança, fui dar com a cara nesta entrada.
Para além dos imerecidos cumprimentos, que não posso deixar de agradecer, é feita referência a um «misterioso» relatório do GPEARI, alegadamente publicado em Setembro, mais precisamente, na sexta-feira, 28 de Setembro, segundo a designação do próprio PDF.
Digo misterioso, porque ainda ninguém tinha dado por ele. Mais logo, vou comprar o DE (gosto mais de ler no papel do que no monitor) para ver se o tal «estudo inédito» é o citado relatório. Se for, porque é que só se fala dele, como se fosse notícia, a 11 de Novembro? Será pela mesma razão que tenho entradas no «Por Educar» com data de 31 de Dezembro de 2008?
Olá Virgílio,
Penso que o estudo inédito, mencionado, no Diário Económico, não se refere a estas informações do GPAERI, linkadas neste post.
Tal como disse no post, o RELATÓRIO-RELATÓRIO há-de ser, se já não foi, estrategicamente, encomendado mas, por favor, não me peça para dizer nem a quem nem aonde, e irá ser feito com base nas compilações estatísticas do GPAERI, - nestas já publicadas desde Setembro, e nas próximas, bem como nas informações sobre emprego, que as Escolas disponibilizarão, por conta própria, online.
Se eu me enganar, ganhamos todos. Nomeadamente, porque não comparticiparemos as custas de um relatório de encomenda, com base em informações disponíveis para todos - espero eu.
Só me queixo é de não ter sido explicada a natureza do Relatório que se pretende.
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