"Há sapos reais em jardins virtuais"
É de péssimo gosto e inexcedível inconsciência, admitir-se, a bem dizer, publicamente, uma incontrolável atracção por estórias de terror, mas não quero saber, se me fica mal, tanto pior, paciência... não resisto a este género de escrita - se quem os contar for suficientemente expressivo, e enfatizo o termo "escrita" porque recuso todas as outras manifestações pertinentes, em especial, filmes.
Efectivamente, gosto muito de ter medo, apesar de não conviver nada bem com os seus efeitos; para terem uma ideia, por exemplo, nunca consegui virar a página 632 [1], do meu exemplar cartonado da "short story" IT (1981), de Stephen King [2].
[1] Imagino eu que, na página 633, será revelada a identidade de IT, mas eu não consigo virar a malvada página apesar de, em todas as minhas férias desde há 25 anos, tentar ler até ao fim o referido conto.
[2] "The terror, which would not end for another twenty-eight years--if it ever did end--began, so far as I can tell, with a boat made from a sheet of newspaper floating down a gutter swollen with rain."
[3] "One sees more devils than vast hell can hold" - deixa de Theseus para Hippolyta, em Midsummer night's dreams, Acto V, cena I.
[4] Se não gostasse tanto de estórias de terror, alguma vez eu poderia ter lido, nada menos que 4 versões integrais, do RJIES, e ainda a versão aprovada na Assembleia da República?
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Efectivamente, gosto muito de ter medo, apesar de não conviver nada bem com os seus efeitos; para terem uma ideia, por exemplo, nunca consegui virar a página 632 [1], do meu exemplar cartonado da "short story" IT (1981), de Stephen King [2].
Não sei exactamente porque, ontem, me fui lembrar disto mas, se calhar, foi porque, na referida estória, se descreve a rota vertiginosa, errática e inevitável de um barquinho de papel de jornal em direcção à sarjeta e colectores de esgotos municipais (ver o meu post "...ou para barquinhos e aviões de papel"), ou um dos 7 personagens (Bill) ser fisicamente gago, ou descreverem-se meandros subterrâneos e tenebrosos, na cidadezinha aonde se passa o enredo, ou em toda a narrativa (até onde consegui ler) aparece e desaparece, repentinamente, um palhaço ameaçador que atrai a sua audiência com um punhado de balões coloridos ou, como o próprio autor refere, o IT inspirou-se numa frase de "Poetry", de Marianne Moore - 'imaginary gardens with real toads in them' , ou nós, pelo menos eu, vivemos sob políticas estratégicas imaginárias, aonde surgem, repentina e inexplicavelmente, do nada sapos verdadeiros e, potencialmente, venenosos,... ou, finalmente, porque a maioria de nós não consegue ver e interpretar a realidade como ela é [3].
___________________[1] Imagino eu que, na página 633, será revelada a identidade de IT, mas eu não consigo virar a malvada página apesar de, em todas as minhas férias desde há 25 anos, tentar ler até ao fim o referido conto.
[2] "The terror, which would not end for another twenty-eight years--if it ever did end--began, so far as I can tell, with a boat made from a sheet of newspaper floating down a gutter swollen with rain."
[3] "One sees more devils than vast hell can hold" - deixa de Theseus para Hippolyta, em Midsummer night's dreams, Acto V, cena I.
[4] Se não gostasse tanto de estórias de terror, alguma vez eu poderia ter lido, nada menos que 4 versões integrais, do RJIES, e ainda a versão aprovada na Assembleia da República?
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