Fora de todas as horas
Ontem, via Blog de Campus, acedi ao seguinte texto: "Ranking" científico sem escolas portuguesas no "top" 700 mundial, (que podem consultar de forma mais completa aqui) e, por coincidência, tinha lido opiniões sobre o tema em dois posts sucessivos dedicados à "Lei da Avaliação", no blog de JVC, http://jvc-apontamentos.blogspot.com/, o que me levou a voltar a pensar neste assunto.
Ao longo do tempo, tenho-me dado conta do nível de controvérsia que surje do nada, sempre que se mencionam, mesmo que só muito remotamente, questões de classificação ou ordenação de instituições de ensino superior (em Portugal, só desde 1994).
Ao longo do tempo, tenho-me dado conta do nível de controvérsia que surje do nada, sempre que se mencionam, mesmo que só muito remotamente, questões de classificação ou ordenação de instituições de ensino superior (em Portugal, só desde 1994).
Por outro lado, os altos responsáveis de instituições de ensino, parece que não se opõem a nenhum procedimento de classificação-ordenação desde que as suas instituições captem lugares de topo nos rankings, quaisquer que estes sejam.
Compreendo muito bem os fundamentos de opiniões que se opõem, de formas mais ou menos enérgicas à aplicação de sistemas de classificações e ordenações de instituições de ensino, superior ou não, no entanto, entendo que estes sistemas têm a virtualidade de poderem circunscrever e descrever as potencialidades relativas da oferta de formação educativa superior, sem que se convertam em instrumentos de exclusão.
Compreendo muito bem os fundamentos de opiniões que se opõem, de formas mais ou menos enérgicas à aplicação de sistemas de classificações e ordenações de instituições de ensino, superior ou não, no entanto, entendo que estes sistemas têm a virtualidade de poderem circunscrever e descrever as potencialidades relativas da oferta de formação educativa superior, sem que se convertam em instrumentos de exclusão.
Pessoalmente, identifico-me com "... o tema é polémico, na medida em que a classificação e a ordenação de Instituições e/ou de serviços envolvem critérios objectivos, nem sempre fáceis de definir e quantificar, os quais, se usados incorrectamente, podem originar injustiças graves, e prejuízos significativos, tantos para os utilizadores, como para as Instituições ...".
No mundo da moda é muito conhecida a ideia de que o modelo único para todos não serve a ninguém. Por isto mesmo, um sistema de classificação-ordenação de instituições de ensino, seja este de que nível for, terá que forçosamente enquadrar-se em metodologias um pouco mais sofisticadas do que um simples gerador automático de números aleatórios, até que surja um que possa ser considerado "o tal, o da nossa sorte".
Pode não ser fácil de se concretizar (dará trabalho e a gente sua) mas, na minha perspectiva, é perfeitamente possível utilizar um sistema de classificação parametrizável, suportado por, metodologias transparentes, com base em linhas de orientação já definidas - por ex., "Berlin Principles on Ranking of Higher Education Institutions" - definir critérios transversais à oferta de formação (muito trabalho já foi feito, neste sentido, desde o tempo da Ministra Maria da Graça Carvalho) e critérios diferenciadores ajustados às missões das instituições, torna-se na ferramenta indispensável à pacificação, modernização e ao aperfeiçoamento de todo o ensino superior português, ao ajuste do ensino ao mercado de trabalho efectivo, e não o mercado de trabalho imaginado, à transparência necessária aos formandos e candidatos a formandos, ao espírito verdadeiramente competitivo que precisamos de ADQUIRIR e desenvolver, porque senão NÃO!
Pode não ser fácil de se concretizar (dará trabalho e a gente sua) mas, na minha perspectiva, é perfeitamente possível utilizar um sistema de classificação parametrizável, suportado por, metodologias transparentes, com base em linhas de orientação já definidas - por ex., "Berlin Principles on Ranking of Higher Education Institutions" - definir critérios transversais à oferta de formação (muito trabalho já foi feito, neste sentido, desde o tempo da Ministra Maria da Graça Carvalho) e critérios diferenciadores ajustados às missões das instituições, torna-se na ferramenta indispensável à pacificação, modernização e ao aperfeiçoamento de todo o ensino superior português, ao ajuste do ensino ao mercado de trabalho efectivo, e não o mercado de trabalho imaginado, à transparência necessária aos formandos e candidatos a formandos, ao espírito verdadeiramente competitivo que precisamos de ADQUIRIR e desenvolver, porque senão NÃO!
Concordo, assim, com a necessidade absoluta de publicitarmos classificações e "rankings", mas também penso, é que para executar este trabalho, seria só preciso fazê-lo, ou melhor tê-lo feito desde 1994. A ausência da concretização desta tarefa foi, para mim, a grande omissão do CNAVES, e continua a ser "O" motivo para a actual tutela do sector continuar a perder tempo, e a esbanjar recursos que não temos.
1 Comentários:
Os rankings são possíveis são?
- São!
Lembremo-nos que estamos sempre a fazer rankings dos nossos alunos.
Todos gostamos de rankings se servirem os nossos interesses.
Estive a ver com muito cuidado a metodologia CHE que aparentemente se começa a expandir pela Europa germanófila e aquilo prova que é possível estabelecer e criar um sistema de ordenação com cabeça, tronco e membros. A chatice é que aquilo não diz quem é primeiro, nem quem é último. Estabelece um conjunto de grupos e coloca as escolas no grupo respectivo.
Agora voltemos à vaca fria:
- Primeiro tem que haver um mecanismo de avaliação que coloque verdade nas licenciaturas e ciclos e graus e nas Bolognas todas que por aí passam. A seguir, até porque poupamos trabalho inútil, é que virão os rankings. E os rankings não terão apenas com golos e penalidades... espero eu?!
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