domingo, outubro 04, 2009

Peritos em comunicação

"Menos vagas preenchidas nos Politécnicos na primeira fase de colocação de alunos"
Este texto é atribuído, hoje, pelo Público online à Lusa.
E, à parte a oportunidade muito discutível da sua publicação, fiquei muitíssimo agradada.
É que, apesar de nos queixarmos constantemente dos portugueses terem pouca queda para as ciências em especial para a "matemática", vê-se agora publicado na imprensa generalista um texto recheado de conceitos de estatística descritiva. Não é óptimo?
Claro que, o artigo mereceria uma revisãozita, mas não deixa de ser muito intrigante e animador, o súbito aperfeiçoamento, alcançado pela nossa comunicação social, nestas matérias.
Adoraria saber a identidade do verdadeiro autor deste artigo, atribuído à Lusa, só para lhe dar os parabéns, e recomendar-lhe que, para a próxima, aguarde o fim do jogo, para comentar os bons e os maus resultados e, se calhar juntar-lhes, também, algumas explicações que os possam justificar.

7 Comentários:

Anonymous joão gândara disse...

Ainda que aprecie a objectividade com que os dados são expostos, não posso deixar de me espantar com a parcialidade... em portugal não existe uma lei qualquer que obriga a que a publicidade paga esteja devidamente identificada? Espero que ao menos tenham pago, e não tenham conseguido isto à borla...

domingo out. 04, 11:37:00 da tarde 2009  
Blogger Regina Nabais disse...

joão gândara, tanto quanto todos sabemos, não parecem existir almoços grátis. Já não diria tanto, sobre os resultados de métodos publicitários coercivos usados em sub-mundos desportivos e, também, em outros mundos com padrões de conduta semelhantes. Nestes casos, não é estranho o escambo de simples promessas de sobrevivência.

segunda out. 05, 01:43:00 da manhã 2009  
Blogger Pacheco-Torgal disse...

Cara Regina Nabais,
não me diga que acha que isto resulta de um complot MCTES/CRUP/Frente Nacional, para promover o elitista Ensino Universitério ?

Nesse caso acho que deve já participar as suas suspeitas ao Ministério Público.

Infelizmente o Ensino Politécnico (em geral e com poucas excepções) só pode queixar-se de si próprio e da sua falta de exigência interna.

E até mesmo por exemplo o Politécnico de Lisboa, que no mês de Julho (na recta final da entrada em vigor do novo ECDESP), entendeu por bem abrir 30 vagas para Prof. Adjuntos de Civil e Electrónica, mostrou bem, o que aquela casa gasta.

quinta out. 08, 05:55:00 da manhã 2009  
Blogger Regina Nabais disse...

Caro «fernando»,
Há muito tempo que eu não ando a perder nada, seria difícil eu poder, agora, «achar» fosse o que fosse...
Mas aposto, com quem quiser, 100 contra 1, em conforme "o artigo da Lusa", objecto do meu presente post não foi redigido, na origem, por nenhum jornalista. Mais, pelas informações e dados necessários à fundamentação do texto publicado, eu quase poderia identificar a procedência, sem falhar demasiado a pontaria e, a bem dizer, objectivamente, não é, AINDA, ninguem da SUA lista dos "meus suspeitos".
Também não penso o mesmo que o «fernando» sobre as decisões do politécnico de Lisboa. Antes pelo o contrário, para mim o politécnico de Lisboa, na vez de tornar a sua capacidade e DEVERES de leccionação totalmente ingeríveis - como parece estar para acontecer em alguns estabelecimentos - acautelou (ou, pelo menos, tentou acautelar), dentro da inteira legalidade à época vigente, condições de estabilidade aos seus docentes e, também, não menos importante, manter a confiança institucional dos seus alunos. Fez o que pôde e, quanto a mim, pode não convir a muita gente, mas fez muito bem!
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Digo ainda mais, na minha perspectiva, só alguém que nunca tenha assumido responsabilidades sobre as garantias mínimas de aprendizagem devidas aos alunos de quaisquer instituições públicas, é que se lembraria, com toda a ligeireza, de fazer entrar em vigor, de um dia para o outro, disposições legais que alteram, por uns bons pares de anos as vidas profissionais, e não só, de mais de 60% dos recursos humanos afectos a essa incumbência.
Por isso, hoje, «fernando», lamento, mas voltámos a discordar!

quinta out. 08, 10:47:00 da tarde 2009  
Blogger Pacheco-Torgal disse...

Cara Regina Nabais,

a sua Tese parte de uma premissa muito errada. Contudo, as instituições públicas da República Portuguesa não existem para cumprir projectos de cariz pessoal ou "autonómico", antes para cumprirem aquilo que é determinado pelo povo a cada momento. Quem não gosta deste modelo de democracia, está á vontade para emigrar para outro país que tenha um modelo melhor.

Se os Portugueses no próximo acto eleitoral votarem maioritáriamente num Partido cujo programa, contenha a "privatização" do Ensino Superior Público, estas instituições acatam caladinhas e de forma respeitosa, o resultado dessa votação.

Se os Portugueses no próximo acto eleitoral votarem maioritáriamente por exemplo num Partido cujo programa, contenha a eliminação do Ensino Superior Politécnico e a transição dos seus docentes para o quadro de supra-numerários, estas instituições acatam de forma respeitosa, o resultado dessa votação, porque esse é o Superior interesse da República.

O Politécnico de Lisboa, sabia que o Governo a quem os Portugueses deram uma maioria absoluta, tinha determinado alterar o conteúdo do ECDESP, para garantir maior concorrência no acesso á docência e limitar os efeitos perniciosos de uma legislação desadequada que permitia a contratação de pessoas com base em critérios de validade expirada e muito "3º mundistas".

Ao fazer aquilo que fez, o IPL, de forma rasteira, manhosa e pouco digna, apoucou indirectamente o povo Português porque resolveu fazer de palhaços os seus representantes democráticamente eleitos.

Quando as instituições públicas da República, pagas com os impostos dos Portugueses decidem "fazer aquilo que lhes dá na real gana" independentemente da vontade de quem lhes paga, normalmente o reverso da medalha é que a páginas tantas, acaba sempre por aparecer um "Salazar" com os resultados que são conhecidos em termos de saneamentos.

Se eu fosse o Ministro, haveria de arranjar forma de "partir a espinha", aos responsáveis do IPL desse por onde desse e custasse o que custasse.Uma boa forma seria fechar a torneira do financiamento, até que o problema se resolvesse por si.

sexta out. 09, 06:05:00 da manhã 2009  
Anonymous Anónimo disse...

Será que este blog congelou?

segunda out. 19, 10:13:00 da manhã 2009  
Blogger Regina Nabais disse...

Em resposta ao Anónimo de 19 de Outubro das 10:13, e para que conste, só haverá dois motivos para que o "Polikê?" fique caladinho.
Um dos motivos será, devidamente, explicado em tempo oportuno. E, o outro? Bom, o outro também...
De momento, acontece que, sabe-se lá porquê, veja lá isto, viciei em eleições e «arruadas»!
ando nisto, há meses...
Regressarei, de certeza, nesta semana, só depois de 4ª feira...
Por favor, não desista, porque eu jamais desisto.

segunda out. 19, 11:50:00 da manhã 2009  

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